Nas eleições municipais deste ano, a Grande São Paulo confirmou uma tendência já observada em pleitos anteriores: o fortalecimento de partidos de meio e direita. Com a reeleição de pelo menos 11 prefeitos em cidades da região, a preponderância política do Partido dos Trabalhadores (PT), mormente no ABC paulista, continua a enfraquecer, marcando uma mudança significativa no cenário político lugar.
Historicamente um bastião petista devido à sua relação com o sindicalismo, o ABC já não apresenta o protagonismo que outrora ostentava, e o PT viu suas chances de vitória reduzidas a dois municípios — Diadema e Mauá — onde seus candidatos ainda conseguiram chegar ao segundo vez. Essa mudança de perfil político é mormente perceptível em cidades uma vez que Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, regiões que foram berços de grandes mobilizações sindicais e onde o PT tinha uma possante base de escora.
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Em Santo André, o PSDB mantém o poder há dois mandatos consecutivos com o atual prefeito Paulo Serra, e seu sucessor preposto, Gilvan, lidera as apurações, demonstrando a força do tucanato na cidade. Já em São Caetano, o cenário foi ainda mais favorável à direita, com Tite Campanella (PL) vencendo no primeiro vez, refletindo o desgaste da esquerda lugar.
O Declínio Petista no ABC Paulista
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O ABC paulista, região formada por sete cidades — Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra —, já foi o coração das grandes assembleias sindicais e um importante bastião do PT. Durante décadas, o partido manteve possante influência política nessas cidades, impulsionado pela liderança de figuras uma vez que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja trajetória está profundamente ligada à luta dos trabalhadores da indústria automotiva lugar.
Todavia, nas últimas eleições, essa preponderância foi sendo gradativamente erodida. Nas eleições atuais, por exemplo, o PT só conseguiu levar a disputa para o segundo vez em Diadema, com Filippi, e em Mauá.
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Nessas duas cidades, o partido ainda mantém uma base considerável de escora, mas a possibilidade de vitória em ambas as localidades está longe de ser garantida, oferecido o progressão dos partidos de meio e direita em todo o ABC.
Em São Bernardo do Campo, cidade-símbolo do movimento sindical e do PT, a situação foi ainda mais desalentadora para o partido. O candidato petista, Luiz Fernando Teixeira, irmão do ministro Paulo Teixeira, não conseguiu sequer chegar ao segundo vez. Apesar de narrar com o escora direto do presidente Lula durante a campanha, Teixeira terminou em terceiro lugar, detrás de Marcelo Lemos (Podemos) e Alex Manente (Cidadania), que agora disputam a prefeitura.
Essa guia tem um significado simbólico importante, uma vez que São Bernardo foi palco de algumas das maiores mobilizações sindicais do Brasil, e sua perda definitiva para o PT seria um marco de ruptura com essa tradição. A candidatura de Teixeira, considerada por muitos uma vez que uma tentativa de revitalizar o “cinturão vermelho” — uma superfície historicamente associada ao PT e ao sindicalismo —, não conseguiu mobilizar o eleitorado lugar uma vez que esperado.
PSDB e o Propagação do Meio e Direita
Enquanto o PT enfrenta uma série de derrotas no ABC paulista, o PSDB e outros partidos de centro-direita têm consolidado suas posições na Grande São Paulo. Em Santo André, cidade que já foi governada pelo PT em várias ocasiões, o atual prefeito Paulo Serra (PSDB) encerra seu segundo procuração com subida popularidade. Seu sucessor, Gilvan, também do PSDB, lidera a apuração e deve manter o partido no comando da cidade por mais um procuração.
A vitória de Tite Campanella (PL) em São Caetano no primeiro vez também é um indicativo dessa novidade forma política. Campanella, que teve uma campanha fortemente marcada por propostas de perpetuidade de uma gestão eficiente e modernização da cidade, conseguiu vencer de forma expressiva, derrotando candidatos de esquerda e centro-esquerda logo na primeira lanço do pleito.
Essa viradela à direita em cidades do ABC paulista e da Grande São Paulo não é um fenômeno só. Nos últimos anos, partidos uma vez que o PSDB, o PL e o Podemos têm se fortalecido em todo o estado de São Paulo, em secção graças a uma mudança de prioridades dos eleitores, que têm oferecido preferência a propostas de gestão técnica, modernização urbana e segurança, questões que os partidos de centro-direita têm explorado com sucesso em suas campanhas.
Desafios para o PT
A desilusão do PT com os resultados das eleições municipais na Grande São Paulo reflete um cenário mais espaçoso de dificuldades enfrentadas pelo partido em todo o estado. Tradicionalmente, o PT sempre encontrou maior escora nas grandes regiões metropolitanas, onde sua retórica em obséquio dos trabalhadores e dos direitos sociais ressoava com mais força. No entanto, com o desgaste político aglomerado nos últimos anos e as críticas à sua gestão, o partido tem encontrado dificuldades para reconquistar antigos redutos.
Ou por outra, a subida de novos partidos de meio e direita, aliados a uma maior diversificação das demandas do eleitorado, fez com que o PT perdesse o protagonismo que detinha em áreas uma vez que o ABC paulista. A campanha de Luiz Fernando Teixeira em São Bernardo do Campo, por exemplo, apesar de narrar com o escora de Lula, não conseguiu se conectar com as preocupações mais imediatas dos eleitores, que optaram por candidatos que apresentavam propostas voltadas para a segurança pública, a gestão eficiente e o desenvolvimento econômico.
Outro fator que contribui para o prostração do PT é o surgimento de novas lideranças em partidos menores, que conseguem atrair o eleitorado tradicionalmente desempenado com a esquerda. Em Mauá, por exemplo, o segundo vez será disputado por um candidato petista, mas ele enfrentará uma dura competição de partidos que, apesar de também serem de esquerda ou centro-esquerda, se distanciaram da retórica tradicional do PT.
O cenário eleitoral na Grande São Paulo nas eleições municipais deste ano revela uma novidade forma política, onde partidos de meio e direita dominam o campo de disputa, enquanto o PT luta para reconquistar o terreno perdido. A reeleição de 11 prefeitos de partidos de centro-direita em importantes municípios da região é um evidente indicativo dessa mudança, mormente em áreas historicamente ligadas ao sindicalismo e à esquerda, uma vez que o ABC paulista.
A guia em cidades uma vez que São Bernardo do Campo e Santo André representa não unicamente uma perda de poder político para o PT, mas também um sinal de que o partido precisa se reinventar para voltar a ser competitivo em regiões que já foram seus redutos. Enquanto isso, partidos uma vez que o PSDB e o PL continuam a proceder, consolidando suas posições em uma região que, outrora, foi o início de algumas das maiores mobilizações políticas de esquerda no Brasil.
Direita Online
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