A candidata a vereadora em São Paulo pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Simone Promanação, denunciou à prensa uma série de ofensas racistas sofridas em plataformas virtuais ao longo da campanha. Promanação, que é coordenadora estadual do Movimento Preto Unificado e umbandista do partido, antecipou que pretende registrar registrar boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) em procura da exclusão de perfis e outras medidas cabíveis.
“Eu tive que ler comentários de ódio lembrando o homicídio de Marielle Franco e insinuações que o mesmo poderá ocorrer comigo. Alguns odeiam mulheres negras na política, mas Racismo é delito no Brasil e a violência política precisa completar. As pessoas negras são minoria no parlamento e enfrentamos muitas barreiras na disputa eleitoral, entre elas o ódio”, afirmou Promanação, em nota enviada à prensa.
“O jurídico já fez as peças [para formalizar a denúncia] mas precisa presencialmente na delegacia com a candidata, e só é verosímil segunda-feira (7)”, disse a equipe da campanha de Promanação, em agenda pré-eleitoral. Ainda de convenção com a equipe, outros comentários que ofendem a comunidade negra e religiões de matriz africana também foram mapeados: “carinha de macumbeira”, diz um internauta exemplificado na denúncia.
Há ainda registros de violência de gênero nos comentários. A candidata foi chamada a fazer “faxina” em tom pejorativo, de “traficante” “vagabunda” e “safada”. Na conta do Instagram, também relata ter recebido mensagens com ameaças de violência sexual.
Edição: Nathallia Fonseca
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