Justiça Eleitoral ordena que candidato a prefeito de São Paulo remova vídeos contra Boulos
O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), recebeu um prazo de 24 horas da Justiça Eleitoral para remover vídeos postados nas redes sociais na segunda-feira (19), os quais vinculam seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL), ao consumo de cocaína.
Decisão judicial determina remoção de vídeos
A decisão, emitida na noite de segunda-feira, sustenta que os vídeos têm “teor unicamente difamatório” para Boulos. Nos clipes, Marçal continua a invocar o oponente de “aspirador de pó”, uma menção ao suposto consumo de cocaína pelo membro do PSOL. As publicações foram feitas no Instagram, no X (anteriormente Twitter) e no Tik Tok.
A solicitação feita pela campanha de Boulos foi atendida pelo Juiz Murillo D’Avilla Vianna Cotrim, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo. A representação do candidato, feita por sua equipe jurídica, afirma que Marçal continua a fazer acusações contra o psolista “com o evidente objetivo de brigar a imagem do requerente, além de atrair curtidas e tumultuar de forma criminosa e abusiva a disputa eleitoral, em completo desprezo pela lei”. Em caso de descumprimento da decisão, Marçal pode ser multado.
Marçal recebeu, em pelo menos três casos, uma pena da Justiça Eleitoral no último sábado (17) para publicar direitos de resposta para Boulos, depois insinuar que o membro do PSOL é um usuário de cocaína. As duas decisões tomadas pelo juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª zona eleitoral de São Paulo, exigem que Marçal compartilhe a resposta de Boulos em seus perfis de redes sociais e no YouTube, seja uma vez que texto ou vídeo. As determinações especificam que “[O direito de resposta] deverá permanecer disponível e com o mesmo impulsionamento pelo prazo de 48 horas”.
O empreendedor divulgou no YouTube e nas redes sociais partes do debate da Band que ocorreu no último dia 8, onde, segundo o juiz, ele relaciona o oponente ao vício em cocaína. “As imputações extrapolam os limites da liberdade de sentença e do debate político e configuram unicamente ofensas à honra do candidato responsável”, sustenta o juiz. Os vídeos considerados ofensivos devem ser retirados.
Quando questionada pelo portal UOL a saudação da decisão tomada nesta segunda, a campanha do candidato forneceu a mesma nota que foi enviada anteriormente para a prelo sobre os direitos de resposta.
“Antes de falar sobre recta de resposta do Boulos, eu gostaria que o Boulos desse ao povo o recta de uma resposta. Por que ele, uma vez que um varão público, tem processo em sigilo de justiça até hoje? Seria esse processo por alguma questão envolvendo porte de entorpecentes e drogas ilícitas? Fica a minha indagação”, diz a nota.
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