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A Polícia Federalista (PF) afirma, em representação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que encontrou áudios que mostram a “insatisfação” de magistrados suspeitos de integrar um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins com pagamentos de propina feitos de forma fracionada e demorada. Os áudios foram classificados porquê “estarrecedores” pelos investigadores.
Os magistrados investigados são branco da Operação Máximus, desencadeada no dia 23 de agosto. Por ordem do ministro João Otávio Noronha, do STJ, a PF cumpriu dois mandados de prisão preventiva e fez buscas em 60 endereços no Tocantins, em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e no Região Federalista. Os agentes vasculharam dependências do Tribunal de Justiça do Estado.
Quando a operação foi oportunidade, a Galanteio do Tocantins informou que repassou todas as informações necessárias à PF.
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As transcrições e detalhes dos áudios constam da representação que a PF levou ao STJ pela franqueza da operação. Na ocasião, foi recluso Thales André Pereira Maia, rebento do desembargador Suíço de Brito Maia Neto – também investigado no interrogatório. Na última sexta-feira, o STJ mandou soltar Thales Maia.
Maia Neto está ausente de suas funções. Também são branco da investigação as desembargadoras Etelvina Maria Sampaio Felipe, presidente da Galanteio, e Angela Maria Ribeiro Prudente.
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Nos áudios captados pela PF, em uma conversa entre Thales Maia e outro investigado, os investigadores afirmam que “percebe-se que os membros do Poder Judiciário estavam insatisfeitos com os pagamentos da suposta propina de forma fracionada, inclusive, com a lentidão em pagá-los”. O caso em questão envolve os interesses de uma mineradora.
Anônima
O interrogatório da Operação Máximus teve início com uma denúncia anônima. A PF foi a campo e relata ter inventiva indícios de depravação em diversos processos – entre eles o da mineradora – com comprovantes de pagamento de suposta propina e áudios de investigados.
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Segundo a corporação, as gravações “demonstram de forma clara que a organização criminosa sob suspeita atua de forma orquestrada para prometer interesses espúrios no Tribunal de Justiça do Tocantins”. O Estadão pediu sintoma dos desembargadores via assessoria de prensa do TJ, mas a Galanteio não havia respondido até a noite de ontem.
Etelvina Felipe, porém, disse, em nota, que recebeu com “indignação e repúdio o indevido envolvimento” de seu nome na operação. Ela negou qualquer irregularidade. A nota diz que a desembargadora “repudia de forma veemente todas as ilações, narrativas e suposições indevidas e fantasiosas envolvendo o seu nome, com a intenção malévola de agredir sua honra e extinguir sua história”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Direita Online
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