Dois assessores do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federalista (STF), Túlio Simões e Lucas Souza, foram denunciados à Procuradoria-Universal da República (PGR) por suspeita de “arapongagem”. A denúncia, feita pelo procurador-geral do Estado do Maranhão (PGE-MA), Valdenio Nogueira Caminha, aponta que eles acessaram indevidamente o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da procuradoria estadual.
O objetivo seria obter documentos para embasar uma ação no STF, movida pelo partido Solidariedade, que pedia o encolhimento de Caminha do incumbência.
Segundo a denúncia, os acessos ocorreram em 20 de fevereiro de 2025, um dia antes do protocolo da ação pelo Solidariedade, presidido no Maranhão por Flávia Alves, mana do deputado Othelino Neto, coligado de Dino.
A petição no STF, relatada por Alexandre de Moraes, questionava suposto descumprimento de ordens judiciais por Caminha no caso de nepotismo envolvendo o governador Carlos Brandão. A PGE-MA alega que os assessores, cedidos ao STF, não tinham mais autorização para acessar o sistema estadual.
Túlio Simões e Lucas Souza negaram irregularidades, afirmando que os acessos foram feitos com senhas individuais, em processos públicos, e para fins administrativos legítimos, uma vez que procuradores concursados do Maranhão.
A PGR ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas, se amparar a denúncia, poderá transfixar investigação formal. O STF e o gabinete de Dino não comentaram até o momento.
O caso reflete uma disputa política no Maranhão entre o grupo de Dino e o de Brandão, com reflexos no Judiciário. A apuração dependerá de estudo técnica dos acessos e da intenção dos assessores, mas, por ora, não há decisão sobre eventuais punições ou desdobramentos judiciais.
https://www.jornalbrasilonline.com.br/2025/03/assessores-de-dino-no-stf-sao.html/Natividade/Créditos -> JORNAL BRASIL ONLINE