Mesmo relutante, o presidente Lula está sendo pressionado a combater o extremismo de seu aliado político, Nicolás Maduro, que ameaçou desencadear uma ‘guerra civil’ e um ‘banho de sangue’ na Venezuela caso perca as eleições gerais, marcadas para o próximo domingo (28).
Lula, que já vinha sendo criticado por seu silêncio sobre o ditador vizinho, resolveu condenar os atos, embora de forma tímida e sem muitas referências. Ele afirmou estar ‘assustado’ com as declarações de Maduro.
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“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora”, externou Lula na segunda-feira (22).
No Palácio do Planalto, a expectativa é que tudo ocorra dentro do que o bloco lulopetista considera ‘normalidade’ — com Nicolás Maduro vencendo as eleições e recebendo apoio da comunidade internacional.
Entretanto, se Maduro for considerado vencedor, mas surgirem indícios de fraude ou questionamentos sobre a lisura do pleito, ou, no pior dos cenários, se Maduro perder e convocar uma ‘guerra civil’ e um ‘banho de sangue’, Lula ainda não sabe como ficarão os seus laços com Nicolás. Isso se deve ao fato de o ditador ser um antigo aliado político.
Ao mesmo tempo, em caso de eventual cumplicidade, o Brasil enfrentaria intensas pressões para condenar veementemente o autoritarismo na Venezuela. Desde já, o clima em Brasília é de apreensão, com os sensores do Itamaraty voltados a tudo o que deve acontecer em solo venezuelano nos próximos dias.
O governo brasileiro está em monitoramento constante para avaliar os eventos antes, durante e após o resultado, com a finalidade de evitar qualquer repercussão negativa que possa afetar ainda mais a popularidade de Lula, que já enfrenta queda em todas as regiões do país, conforme as mais recentes pesquisas.
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