O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse nesta sexta-feira (4) que Teerã “apoia os esforços” destinados a obter um cessar-fogo simultâneo no Líbano e na Tira de Gaza, territórios atacados por Israel. A enunciação foi feita durante a visitante de Araqchi a Beirute, onde foi recebido pelo primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, e pelo presidente do Parlamento, Nabih Berri, coligado do Hezbollah.
“Apoiamos os esforços para um cessar-fogo, na requisito de que, em primeiro lugar, os direitos do povo libanês sejam respeitados e que seja aceito pela resistência”, disse Araqchi, referindo-se ao movimento Hezbollah.
“Em segundo lugar, deve ocorrer simultaneamente com um cessar-fogo em Gaza”, acrescentou. Essa foi a primeira visitante ao Líbano de um ministro iraniano desde o assassínio, em 27 de setembro, do gerente do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por um bombardeio israelense.
Araqchi especificou que discutiu o cessar-fogo com “as autoridades libanesas” e disse que as autoridades iranianas também estavam “em contato com outros países para estabelecer um cessar-fogo”. “A República Islâmica do Irã sempre apoiou o Líbano, foi e continua sendo um esteio dos xiitas libaneses e do Hezbollah”, sublinhou.
Tanto a França porquê os Estados Unidos, juntamente com outros países árabes e ocidentais, apelaram em setembro a um cessar-fogo inopino de 21 dias entre Israel e o Hezbollah, a termo de “dar uma oportunidade à diplomacia”. Israel ignorou a iniciativa e intensificou os bombardeios contra o país vizinho.
Três hospitais no Líbano, um deles nos subúrbios ao sul de Beirute, anunciaram nesta sexta-feira (4) a suspensão das suas atividades devido aos bombardeios israelenses no país, segundo declarações da sucursal vernáculo de notícias ANI.
O hospital de Santa Teresa, próximo aos subúrbios ao sul da capital, anunciou que estava suspendendo os seus serviços devido aos ataques israelenses nas proximidades, assim porquê outros dois hospitais no sul do Líbano, informou a sucursal.
Aiatolá promete resistência
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, defendeu nesta sexta-feira (4) a ação com mísseis de seu país contra Israel e prometeu que seus aliados no Oriente Médio seguirão lutando.
Pronunciado em mouro e não em pérsico – linguagem mais falado no Irã – esse foi o primeiro exposição do líder depois o ataque e ocorre dias antes do genocídio em Gaza completar um ano na próxima segunda-feira (07).
“A resistência na região não retrocederá diante de esses martírios e vencerá”, acrescentou, referência aos assassinatos de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. morto em 27 de setembro em um bombardeio israelense perto de Beirute, e de Ismail Haniyeh, gerente do Hamas, em um ataque atribuído a Israel em 31 de julho em Teerã.
*Com AFP
Edição: Leandro Melito
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