O governo da Venezuela denunciou nesta sexta-feira (30) um ataque ao sistema elétrico pátrio que afetou todo o país. De conciliação com o Ministério da Informação, os ataques foram registrados às 4h30 da manhã e atingiu todos os 24 estados venezuelanos.
Segundo o governo, foram ativados os protocolos de segurança pátrio e de transporte para prometer os serviços básicos do país. Em pronunciamento, o ministro de Informação, Freddy Nañez, afirmou que as equipes estão trabalhando para reestabelecer a pujança no país.
As origens dos ataques e os locais exatos ainda não foram divulgados. O ministro só afirmou que foi uma “sabotagem de grupos fascistas”.
O Ministério dos Transportes anunciou um projecto para prometer ônibus gratuito para a população até que o problema seja resolvido. O ministro Ramon Velásquez afirmou que há 250 linhas de ônibus ativas na capital Caracas para suprir os problemas no metrô nesta sexta.
A operação para prometer transporte para cidadãos de Caracas foi confirmada pelo via multiestatal Telesur, que mostrou imagens de uma região da capital na manhã desta sexta.
Em enviado, o governo criticou o que chamou de “projecto para desestabilizar o país”. Denúncias de planos de ataques ao sistema elétrico vêm sendo registrados pelo governo desde antes das eleições presidenciais de 28 de julho.
O próprio ministro do Interno, Diosdado Cabello, já havia denunciado na terça-feira (27) uma tentativa de ataque contra a risco 765 do sistema elétrico pátrio, que abrange os estados de Zulia, Tachira, Mérida e Barinas, na região oeste do país.
Em coletiva nesta sexta (30), Cabello disse que os responsáveis serão identificados. “O inimigo deve saber que cada um dos seus ataques terá uma resposta para que possamos continuar avançando ao lado do povo. Eles preparavam ataques contra o sistema elétrico e os executaram esta manhã”, afirmou. Segundo ele, o intuito é estimular a violência no país.
Provimento elétrico
A pujança elétrica na Venezuela tem porquê principal matriz produtora as usinas hidrelétricas. A usina de Guri é a principal delas. Está na região Oriente da Venezuela, no extremo leste do país, e é responsável por mais da metade da produção elétrica pátrio.
A usina começou a ser construída nos anos 1960 e foi inaugurada em 1978. O objetivo era cevar a produção mineradora venezuelana. Segundo Luis Rodríguez, professor de engenharia da Universidade Bolivariana dos Trabalhadores, a construção de Guri e das outras usinas do país criaram um problema logístico para o fornecimento.
“Todas as principais usinas do país estão afastadas dos grandes centros. Elas foram pensadas para alimentarem tanto a mineração, quanto a produção petroleira no último século. Portanto o principal problema é logístico. Você precisa levar essa pujança de longe. Qualquer ataque a uma rede elétrica prejudica o país todo”, afirmou.
Edição: Leandro Melito
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