Ali Shamkhani, assessor do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, morreu neste sábado, 14, um dia depois da operação israelense ao país. Ele estava hospitalizado e não resistiu às complicações. A morte de Shamkhani ocorre em meio à escalada de tensão entre Israel e Irã no Oriente Médio.
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Shamkhani se destacou na diplomacia do regime e foi peça medial no contrato que reatou as relações entre o Irã e a Arábia Saudita, mediado pela China. O pacto encerrou anos de rivalidade entre os dois países.
Ou por outra, ele chefiou o setor de segurança pátrio do Irã por dez anos, entre 2013 e 2023. Antes, ocupou cargos de peso no Ministério da Resguardo e na Guarda Revolucionária Islâmica. A atuação firme no regime fez dele uma figura conhecida nos Estados Unidos e na Europa.
Em abril, por exemplo, Shamkhani defendeu publicamente que o Irã poderia expulsar inspetores nucleares membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele também afirmou que o país poderia trinchar a cooperação com a Sucursal Internacional de Pujança Atômica caso se sentisse ameaçado em meio às negociações nucleares com a Lar Branca.
Figura ambiciosa no xadrez político
Shamkhani buscou espaço na política interna. Em 2001, chegou a disputar a presidência do Irã. Analistas afirmam que a sofreguidão do ex-chefe de segurança incomodava secção da cúpula do regime e pode ter motivado sua substituição em 2023.
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Mesmo fora do função principal, ele continuou porquê um dos conselheiros mais próximos de Khamenei. A morte de Shamkhani representa a perda de uma das vozes mais experientes da diplomacia iraniana. O país enfrenta crescente isolamento internacional.
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