Nesta segunda-feira (9), o ex-diretor da Sucursal Brasileira de Lucidez (Abin) Alexandre Ramagem negou ter usado o órgão para monitorar ilegalmente a rotina de ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o governo de Jair Bolsonaro.
Ramagem foi interrogado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, por ser um dos réus da ação penal da trama golpista. Atual deputado federalista pelo PL do Rio de Janeiro, Ramagem foi denunciado sob a criminação de usar a estrutura do órgão para espionar ilegalmente desafetos do ex-presidente.
Ao ser perguntado pelo ministro sobre a criminação, Ramagem negou ter determinado a realização de monitoramentos.
– Nunca utilizei monitoramento qualquer pela Abin de qualquer domínio. Ao contrário do que foi disposto em informação, nós não tínhamos a gerência de sistemas de monitoramento – declarou.
Sobre a criminação de uso proibido do programa de espionagem Firstmile, o ex-diretor disse o sistema deixou de ser utilizado pela Abin em 2021, um ano antes do período em que acusações feitas pela Polícia Federalista.
– É mais uma indução a erro do pensamento pela Polícia Federalista. Mesmo assim, eles [investigadores] colocaram no relatório da PF. Com certeza, para empuxar o Ramagem para essa questão de golpe indevidamente – afirmou.
Ramagem também negou ter enviado a Bolsonaro arquivos de word com informações para embasar lives nas redes sociais e insinuar fraudes nas urnas eletrônicas.
– Eu escrevia textos privados que me concatenavam alguma teoria para, se verosímil, em qualquer momento, ter qualquer debate – completou.
Mais cedo, o tenente-coronel do Tropa, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confirmou que o ex-presidente sabia da minuta do golpe para volver o resultado das eleições de 2022.
INTERROGATÓRIOS
Até a próxima sexta-feira (13), Alexandre de Moraes vai interrogar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do “núcleo crucial” de uma trama para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seguida o resultado das eleições de 2022.
Confira a ordem dos depoimentos:
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (encerrado);
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Sucursal Brasileira de Lucidez (Abin);
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Região Federalista;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Resguardo;
Walter Braga Netto, general do Tropa e ex-ministro de Bolsonaro.
*Com informações da Sucursal Brasil
Créditos (Imagem de capote): Ramagem nega monitoramento proibido de ministros do STF pela Abin Foto: Fellipe Sampaio/STF
https://www.aliadosbrasiloficial.com.br/noticia/ramagem-nega-monitoramento-ilegal-de-ministros-do-stf-pela-abin/Natividade/Créditos -> Aliados Brasil Solene