Zambelli vê nos EUA a única saída para evitar extradição

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A deputada federalista Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federalista (STF), está reconsiderando sua estratégia de fuga. Inicialmente, planejava se mudar para a Itália, onde possui cidadania, mas agora cogita permanecer nos Estados Unidos e solicitar asilo político ao ex-presidente Donald Trump. A mudança de planos ocorre em seguida a decretação de sua prisão preventiva e a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol.

Zambelli reconheceu que a cidadania italiana não garante proteção contra extradição, citando casos porquê o de Henrique Pizzolato, extraditado da Itália para o Brasil em 2015. Outrossim, a pressão de políticos italianos, porquê o deputado Angelo Bonelli, que solicitou a revogação de sua cidadania e extradição, tornou a Itália uma opção menos segura.

Nos Estados Unidos, Zambelli vê uma chance maior de evitar a extradição, devido às limitações do tratado bilateral entre os dois países, que não contempla os crimes pelos quais ela foi condenada. Outrossim, ela acredita que o alinhamento ideológico com Trump e a proximidade com aliados bolsonaristas nos EUA podem propiciar seu pedido de asilo.

A deputada afirmou à CNN Brasil que “talvez fique cá nos EUA mesmo”, indicando sua intenção de permanecer no país. Ela também planeja alegar perseguição política e problemas de saúde porquê justificativas para o pedido de asilo.

Especialistas apontam que o processo de extradição nos EUA é multíplice e pode levar anos, principalmente em casos envolvendo figuras políticas. Enquanto isso, Zambelli pretende solicitar licença não remunerada da Câmara dos Deputados para permanecer fora do país.

A situação de Zambelli destaca as complexidades legais e diplomáticas envolvidas em casos de extradição e asilo político, principalmente quando envolvem figuras públicas e questões ideológicas. Seu caso pode se tornar um precedente importante nas relações entre Brasil, Itália e Estados Unidos.