A Procuradoria-Universal da República (PGR) manifestou-se, nesta segunda-feira (2), favorável à permanência da prisão do general da suplente Walter Braga Netto. O parecer foi enviado ao Supremo Tribunal Federalista (STF) e integra o conjunto de medidas relacionadas à investigação sobre uma verosímil tentativa de golpe de Estado posteriormente as eleições de 2022. Braga Netto é um dos principais alvos da ação penal que apura a fala de atos antidemocráticos no país.
General da Suplente e Vice na Placa de Bolsonaro
Walter Braga Netto foi o candidato a vice-presidente na placa de Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais de 2022. Com curso consolidada nas Forças Armadas, o general da suplente passou a integrar o núcleo político do ex-presidente ainda durante seu procuração, exercendo cargos porquê ministro da Resguardo e da Mansão Social. Sua proximidade com Bolsonaro e sua atuação nos bastidores da campanha eleitoral o colocaram no meio das investigações sobre possíveis articulações para subverter o resultado das urnas.
A prisão de Braga Netto ocorreu em dezembro do ano pretérito e foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que investigam a organização de uma suposta tentativa de ruptura institucional no país. Segundo o que foi escolhido até o momento, Braga Netto teria agido de forma ativa para acessar informações sensíveis da colaboração premiada firmada por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Entrada Indevido a Dados da Delação de Mauro Cid
De negócio com os autos, Braga Netto teria buscado, por meio de contatos e intermediários, obter dados sigilosos da delação premiada de Mauro Cid, o que, segundo a PGR, caracteriza uma tentativa de obstrução de justiça. Cid, que colaborou com as investigações em troca de benefícios penais, revelou uma série de informações consideradas cruciais para o entendimento do funcionamento interno da alegada trama golpista.
A PGR apontou que o interesse de Braga Netto em acessar os termos da delação visava antecipar-se às possíveis medidas judiciais que poderiam ser tomadas com base nas declarações de Cid, além de identificar os nomes dos envolvidos e a extensão de suas responsabilidades. Essa tentativa, segundo o Ministério Público, compromete a integridade das investigações e representa risco à instrução processual.
O Parecer da PGR: Prisão é Necessária
O documento enviado ao STF pela PGR sustenta que a prisão preventiva de Braga Netto deve ser mantida por motivos concretos e atuais. A Procuradoria argumenta que, em liberdade, o general poderia continuar atuando para influenciar ou prejudicar o curso das investigações, além de poder forçar testemunhas ou pronunciar estratégias de resguardo com outros investigados.
O parecer também destaca que a seriedade das condutas atribuídas ao general — em peculiar a suposta tentativa de golpe de Estado — justifica a adoção de medidas cautelares rigorosas. Para a PGR, há indícios consistentes de que Braga Netto não exclusivamente participou da fala, mas também exerceu papel de liderança em reuniões que discutiam medidas extremas para virar o resultado eleitoral de 2022.
Contexto Político e Jurídico
O caso de Braga Netto insere-se em um contexto mais grande de apuração de ações antidemocráticas que ocorreram antes e depois das eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federalista, em conjunto com a Polícia Federalista e o Ministério Público, tem investigado uma série de atores políticos e militares que teriam colaborado com uma tentativa de desestabilização institucional.
Além de Braga Netto, outros aliados próximos de Jair Bolsonaro, incluindo assessores, militares da suplente e figuras influentes do velho governo, também estão sendo processados. As investigações envolvem supostas reuniões para discutir estratégias golpistas, tentativas de desacreditar o processo eleitoral e articulações para cooptar membros das Forças Armadas em um verosímil movimento de ruptura democrática.
Resguardo do General alega Perseguição Política
A resguardo de Braga Netto, por sua vez, tem sustentado que o general é claro de uma perseguição política. Seus advogados argumentam que ele sempre agiu dentro dos limites legais e constitucionais, e que não existem provas concretas de sua participação em qualquer tentativa de golpe. Eles também apontam que o general é uma figura pública com residência fixa e sem antecedentes criminais, o que, segundo a resguardo, tornaria desnecessária a sua manutenção em regime de prisão preventiva.
Os advogados ainda questionam a validade da prisão baseada em elementos oriundos de uma delação premiada cuja íntegra ainda não foi tornada pública. Para eles, as informações são, em grande segmento, unilaterais e devem ser analisadas com cautela, a termo de evitar condenações baseadas exclusivamente em declarações sem provas documentais.
STF Deve Julgar Pedido nos Próximos Dias
Com o parecer da PGR em mãos, caberá agora ao ministro Alexandre de Moraes determinar se mantém ou revoga a prisão de Walter Braga Netto. A expectativa é que o caso seja analisado nos próximos dias, já que a resguardo do general apresentou pedido de habeas corpus alegando excesso de prazo e carência de fundamentação lítico para a medida extrema.
Moraes, no entanto, tem adotado uma postura firme diante dos casos relacionados aos atos antidemocráticos. Em decisões anteriores, o ministro destacou que a democracia brasileira foi colocada em risco e que há urgência de respostas institucionais firmes para evitar a repetição de episódios semelhantes.
Repercussão Política
A manutenção da prisão de Braga Netto tem gerado reações no meio político e militar. Enquanto setores mais alinhados ao bolsonarismo classificam a prisão porquê uma cansaço à liberdade e à autonomia das Forças Armadas, representantes de partidos do meio e da esquerda defendem a atuação da Justiça e afirmam que ninguém está supra da lei, independentemente de sua patente ou função pública.
O desdobramento do caso Braga Netto deverá influenciar o curso de outras investigações e poderá definir os rumos da responsabilização de figuras centrais do governo anterior. O STF, junto ao Ministério Público, tem buscado substanciar a mensagem de que a ordem democrática deve ser respeitada e protegida.
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