A reportagem do NYT destaca que o consumo de entorpecentes feito por Musk ia muito além do uso ocasional. Ele contou a pessoas próximas que usava tanta cetamina, que teve o funcionamento da varíola afetado — um efeito sabido do uso crônico.
O sul-africano também tomava ecstasy e cogumelos alucinógenos e viajava com uma caixa de remédios diária que continha murado de 20 comprimidos, incluindo alguns com marcações do excitante Adderall, segundo uma foto da caixa e pessoas que a viram.
A cetamina é um poderoso anestésico utilizado há mais de 50 anos. A substância também é utilizada uma vez que droga recreativa ilícita por seu efeito psicodélicos. Drogas psicodélicas são aquelas que alteram drasticamente alguns neurotransmissores no cérebro para gerar uma mudança profunda na percepção, humor e impaciência.
Estudos em animais mostraram que a cetamina aumentou os níveis de certas substâncias químicas cerebrais, uma vez que a dopamina, em até 400%. Isso deu origem a investigações sobre o potencial terapêutico da droga contra doenças mentais, uma vez que depressão resistente e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Uma vez que droga recreativa, costuma ser vendida sob os nomes “special K”, “Key” ou “Keta”.
Estudos recentes mostram que ela pode ser uma boa opção para pessoas com depressão resistente, aquela que não responde a tratamentos orais tradicionais.
De concordância com um estudo australiano publicado recentemente, pessoas com depressão resistente (que já tentaram pelo menos dois antidepressivos sem sucesso) apresentaram melhora quando receberam injeções de ketamina.
O tratamento com cetamina também é um caminho para a prevenção do suicídio. Um estudo feito por pesquisadores de várias instituições americanas e publicado no Journal of Clinical Psychiatry apontou que metade dos voluntários que apresentavam ideação suicida no primórdio da pesquisa não a apresentava mais seis semanas depois a realização de seis sessões de infusão. Metade das 424 pessoas com depressão resistente respondeu ao tratamento e 20% tiveram sintomas depressivos em remissão. As taxas de resposta e remissão foram de 72% e 38%, respectivamente, depois 10 infusões, escreveram os pesquisadores no estudo.
Além da injetável, existem outras formas de governar a droga, incluindo uma versão em spray nasal, chamada escetamina, que já é aprovada para o tratamento de depressão resistente.
O uso apresenta riscos, por isso exige supervisão médica em envolvente controlado. Durante a sessão de infusão, o paciente pode apresentar aumento do ritmo cardíaco e de pressão arterial. Outro risco é o aumento da ideação suicida.
Clínicas brasileiras já oferecem tratamentos com a substância contra doenças mentais, uma vez que depressão resistente. Cada sessão custa, em média, entre R$ 1.500 e R$ 2.000 e, normalmente, são necessárias de seis a oito infusões, mas a quantidade exata só pode ser determinada pelo médico responsável pelo procedimento, depois a avaliação do estado de saúde do paciente.
Além de São Paulo, há clínicas oferecendo esse tratamento com cetamina para depressão resistente no Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
O paciente se submete sessões de infusão que duram aproximadamente 50 minutos, duas vezes por semana. A emprego endovenosa de pequenas doses de cetamina deve ocorrer em clínicas especializadas ou em envolvente hospitalar, e sob supervisão de um médico anestesista.
Em razão dos riscos citados supra, o paciente deve estar com os sinais vitais monitorados, fazendo uso de oxímetro, tendo os batimentos cardíacos acompanhados e a pressão arterial aferida a cada dez minutos.
https://www.aliadosbrasiloficial.com.br/noticia/cetamina-entenda-por-que-droga-usada-por-elon-musk-e-tao-perigosa-e-pode-levar-a-morte/Manadeira/Créditos -> Aliados Brasil Solene