O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou, nesta sexta-feira (30/5), o recebimento de um ofício vindo dos Estados Unidos que trata da atuação do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Alexandre de Moraes. O documento, segundo o governo brasílio, tem caráter estritamente informativo e não gerará qualquer ação por secção das autoridades nacionais.
O ofício foi recebido no dia 27 de maio, às 15h, mas não foi guiado por meios diplomáticos convencionais. Ele partiu diretamente do Departamento de Justiça dos EUA para o Ministério da Justiça do Brasil, sem passar pela Embaixada norte-americana em Brasília.
Moraes no núcleo de polêmica internacional
O nome de Alexandre de Moraes tem ganhado destaque no cenário internacional, mormente entre parlamentares norte-americanos ligados ao ex-presidente Donald Trump. As críticas ao ministro se intensificaram depois decisões judiciais brasileiras afetarem diretamente plataformas digitais sediadas nos Estados Unidos e usuários residentes naquele país.
Entre os principais pontos de oposição está a suspensão temporária da rede social X (macróbio Twitter) em território brasílio. A medida foi determinada por Moraes em 2024, depois a empresa se recusar a executar ordens judiciais do STF. O incidente gerou potente repercussão internacional e levou parlamentares conservadores dos EUA a acusarem o ministro de repreensão.
Pressão por sanções e restrição de vistos
O senador Marco Rubio, divulgado por sua atuação em resguardo da liberdade de frase e por seu alinhamento à flanco conservadora americana, se posicionou publicamente contra as decisões de Moraes. Em uma enunciação feita em 21 de maio, Rubio afirmou que existe uma “grande possibilidade” de o ministro brasílio ser intuito de sanções com base na Lei Global Magnitsky — legislação que permite aos EUA punir estrangeiros envolvidos em violações graves de direitos humanos ou depravação.
Dias depois, no dia 28 de maio, Rubio reforçou sua posição ao anunciar uma novidade política de restrição de vistos. De consonância com ele, os Estados Unidos não concederão mais permissões de ingressão a autoridades estrangeiras que tenham atuado para “verberar cidadãos americanos”.
Rubio foi direto: “Estrangeiros que trabalham para minar os direitos dos americanos não devem ter o privilégio de viajar para o nosso país. Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outro lugar, os dias de tolerância com quem desrespeita os direitos fundamentais acabaram.”
Rumble e Trump: ação conjunta contra Moraes
Outra frente de pressão veio da plataforma Rumble, uma rede social escolha popular entre conservadores. Em parceria com uma empresa ligada ao ex-presidente Donald Trump, a Rumble entrou com uma ação judicial nos Estados Unidos para evitar que decisões de Alexandre de Moraes tivessem efeitos sobre suas operações. O caso específico envolvia a ordem do ministro brasílio para que a empresa bloqueasse um usuário que estava em solo americano.
O jornal The New York Times noticiou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos chegou a enviar uma missiva formal criticando a decisão de Moraes, alegando que ela extrapolava os limites da jurisdição brasileira. O Departamento de Estado também estaria avaliando formas legais de impor restrições a autoridades estrangeiras envolvidas em repreensão, mormente quando essa repreensão atinge teor protegido pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de frase.
Posicionamento do governo brasílio
Apesar da movimentação nos Estados Unidos, o governo brasílio adota um tom cauto. De consonância com o Ministério da Justiça, o ofício enviado pelos norte-americanos foi recebido e registrado, mas será tratado exclusivamente uma vez que um informe. Não haverá, segundo a pasta, qualquer desdobramento lítico ou institucional a partir do documento.
Fontes internas do governo reforçaram que o teor do ofício não é vinculante e não exige resposta formal por secção do Brasil. Aliás, destacaram que, por não ter pretérito pela embaixada dos EUA, o documento não tem o mesmo peso diplomático de uma notícia solene.
Liberdade de frase e soberania pátrio
O incidente reacende o debate sobre os limites entre a soberania pátrio e os direitos globais, uma vez que a liberdade de frase. Enquanto os Estados Unidos acusam o ministro brasílio de extrapolar sua poder ao interferir em empresas e cidadãos de outro país, o Brasil defende o cumprimento das decisões judiciais dentro de seu território, inclusive por empresas internacionais que operam para usuários brasileiros.
O caso também evidencia o embate entre diferentes visões sobre regulação de redes sociais. Para alguns, as ações de Moraes são uma resguardo da ordem constitucional e do combate à desinformação. Para outros, trata-se de um progresso perigoso do Judiciário sobre liberdades fundamentais.
Desdobramentos ainda incertos
Até o momento, não há indícios de que os Estados Unidos adotarão sanções diretas contra Moraes. No entanto, a possibilidade de restrições a vistos e futuras pressões diplomáticas não está descartada. Internamente, o STF e o próprio ministro ainda não se manifestaram oficialmente sobre o ofício recebido pelo Ministério da Justiça.
O incidente também levanta dúvidas sobre uma vez que o Brasil lidará com possíveis conflitos entre decisões judiciais nacionais e a legislação de outros países — mormente quando se trata de plataformas digitais que operam em múltiplas jurisdições.
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