Uma enfermeira de 40 anos foi morta a facadas pelo ex-marido, na última terça-feira (27), quando trabalhava em uma unidade de saúde, em Avaré, no interno de São Paulo. O varão invadiu a unidade e trancou a porta da sala de atendimento onde a ex-mulher estava sozinha. Atingida por vários golpes, Márcia de Fátima Meira foi socorrida, mas não resistiu. O suspeito foi recluso em flagrante.
O transgressão aconteceu durante o expediente no Posto de Saúde Vera Cruz, onde a enfermeira trabalhava. O ex-marido, o fisioterapeuta Tani Roberto Neres Meira, de 40 anos, entrou pelo portão lateral do prédio, foi até a recepção e esperou o momento em que a enfermeira ficou sozinha na sala para invadir o lugar. Ele usava boné e bermuda. De conciliação com a prefeitura, a vítima foi socorrida com ferimentos graves no abdômen, mas não resistiu, mesmo posteriormente passar por cirurgia.
Segundo o registro policial, Márcia foi atingida por facadas no tórax, na bojo e nos braços. Ela tinha sido casada com o fisioterapeuta por 20 anos. Ele foi recluso por policiais militares quando ainda estava no lugar do transgressão. A faca usada no transgressão e o celular dele foram apreendidos. O suspeito passou por audiência de custódia e foi mantido na prisão.
A prefeitura decretou luto solene de três dias e, em razão do ocorrido, suspendeu o atendimento na unidade de saúde até esta sexta-feira (30).
– A Prefeitura da Estância Turística de Avaré pede a compreensão de toda a população – diz, em enviado.
O corpo de Márcia foi velado e sepultado nesta quarta (28), no Cemitério Municipal de Avaré.
– Mãe, enfermeira dedicada e respeitada por colegas e pacientes, Márcia foi atacada dentro do próprio lugar de trabalho – a Unidade Básica de Saúde Dra. Maria Da Glória Novaes Ramires Ferreira, no bairro Vera Cruz – pelo ex-marido, em mais um doloroso caso de feminicídio. Sem nenhuma chance de resguardo – diz a nota da prefeitura.
A enfermeira deixou uma filha. O prefeito Roberto Araújo (PL) se manifestou em redes sociais.
– Márcia era luz, desvelo, empatia. Uma profissional comprometida e uma mulher que nunca será esquecida. Levante luto é de todos nós. Estamos arrasados. A Prefeitura se une à família e à população, que hoje choram a perda de uma mulher que dedicou a vida a cuidar dos outros – diz o texto.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), o caso foi registrado uma vez que violência doméstica e feminicídio na Delegacia Seccional de Avaré.
FEMINICÍDIO NO BRASIL
A Lei do Feminicídio (Lei 13.104/2015), que tipifica o homicídio de mulheres por razões de gênero uma vez que transgressão hediondo, completou dez anos no dia 9 de março último. A lei é reconhecida uma vez que um marco na proteção das mulheres.
Conforme estatística da SSP-SP, de janeiro a março deste ano foram registrados 61 feminicídios no estado de São Paulo. Destes, 34 aconteceram no interno. No ano pretérito, no mesmo período, foram 75 casos no estado.
*AE
Manancial/Créditos: Fotos: Reprodução/Redes Sociais
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