Faleceu no último sábado (24), em Caxias do Sul (RS), aos 42 anos, Ronaldo Garbin — reconhecido nacionalmente uma vez que um dos heróis da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024. Empresário e voluntário, Garbin ficou sabido por realizar resgates arriscados durante as enchentes que devastaram cidades da região, salvando vidas em meio ao caos.
Garbin enfrentava uma leucemia crônica e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Caxias do Sul. Nos últimos dias, uma ampla mobilização nas redes sociais e na prensa uniu moradores de Bento Gonçalves e de outras partes do país em uma campanha urgente por doações de sangue e plaquetas. Mais de 60 doadores eram necessários. Apesar do esforço coletivo, Garbin não resistiu.
O corpo foi velado no domingo (25) na Capela São José, em Bento Gonçalves, cidade onde ele vivia. A cerimônia de despedida ocorreu no Memorial Crematório São José, em Caxias do Sul, reunindo familiares, amigos, moradores e pessoas que ele ajudou durante as enchentes.
Um legado de coragem e solidariedade
Durante a enchente histórica de 2024, Garbin se destacou pela valentia e solidariedade ao entrar em áreas alagadas com risco iminente de desabamento e afogamento. Suas ações renderam homenagens públicas e o carinho de milhares de brasileiros que acompanharam os relatos e vídeos de seus resgates.
“Ele não pensava duas vezes. Onde tinha alguém pedindo socorro, o Ronaldo dava um jeito de chegar. Era movido pela vontade de ajudar, não pelo reconhecimento”, relatou um camarada próximo durante o velório.
Garbin deixa esposa, filhos, familiares e uma legião de admiradores que enxergaram nele o exemplo de que, mesmo nas piores tragédias, há espaço para gestos de humanidade.
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