Moraes se exalta e cala testemunha que negou golpe de 8 de janeiro

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Moraes reage com hostilidade posteriormente testemunha negar existência de golpe em 8 de janeiro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), protagonizou um momento tenso durante audiência nesta quarta-feira (28), ao reagir de forma ríspida à fala de uma testemunha de resguardo no processo que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado.

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Antônio Ramirez Lorenzo, ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres, prestava testemunho quando declarou nunca ter presenciado ou ouvido a termo “golpe” nas reuniões internas do governo. Segundo ele, sua experiência no incumbência permitiu ver de perto os acontecimentos de 8 de janeiro, o que o levou a discordar da versão veiculada na prelo.

— Se eu não tivesse vivido o dia a dia no Ministério da Justiça, se estivesse exclusivamente em moradia assistindo televisão, talvez pensasse dissemelhante. Mas estive do outro lado e nunca ouvi falar em “golpe”. Essa termo só aparece na mídia — afirmou Lorenzo.

A fala foi imediatamente interrompida por Moraes, que respondeu em tom firme:

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— Responda aos fatos. Se o senhor acha ou não que teve golpe, isso realmente não é importante para a Namoro — rebateu o ministro, ignorando a argumentação apresentada.

Lorenzo atua uma vez que testemunha de resguardo de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e um dos alvos da investigação conduzida pelo STF. Durante seu testemunho, reiterou que as orientações dadas por Torres em 2022 tinham uma vez que foco o combate a crimes eleitorais, sem qualquer viés partidário.

— O objetivo era coibir ações ilícitas no período eleitoral, muitas vezes com medidas dissuasórias, e não por procura de prisões — explicou.

Ele também ressaltou que todas as ações adotadas estavam dentro dos limites legais:

— Em nenhum momento houve qualquer tipo de direcionamento político. O foco sempre foi o combate ao delito — concluiu.

O incidente evidencia a postura cada vez mais incisiva de membros do Supremo na meio das audiências e reforça as críticas sobre a parcialidade e os limites do contraditório no atual cenário jurídico brasiliano.

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