A Americanas encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um prejuízo líquido de R$ 496 milhões, revertendo o lucro de R$ 453 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. A companhia, que ainda lida com os desdobramentos do maior escândalo corporativo da história recente do Brasil, segue enfrentando a falta de crédito do mercado.
Entre as justificativas apresentadas para o resultado negativo, a empresa citou o “descasamento da data da Páscoa”, que levante ano caiu em abril. A explicação, no entanto, não convence o setor. O volume bruto de mercadorias caiu 24,8%, chegando a R$ 4,1 bilhões, enquanto a receita líquida recuou 17,4%, atingindo R$ 3,1 bilhões.
O lucro bruto da empresa também caiu 27,6%, totalizando R$ 891 milhões. A margem bruta foi de somente 29,1%, registrando queda de mais de quatro pontos percentuais em confrontação ao ano pretérito.
O cenário desolador é revérbero direto de uma governo marcada por fraudes bilionárias e má conduta. Em 2023, vieram à tona inconsistências contábeis de mais de R$ 20 bilhões nos balanços da varejista. Em 2025, ex-diretores passaram a ser alvos de denúncias criminais por organização criminosa e manipulação de mercado.
Apesar de anunciar desenvolvimento pontual nas vendas físicas nos primeiros quatro meses do ano, impulsionado pelo período da Páscoa, a Americanas segue sob recuperação judicial e tenta desesperadamente restabelecer a crédito de consumidores e investidores. Enquanto isso, o setor privado dá sinais de solidez — um lembrete de que gestão responsável e transparência ainda são os pilares do sucesso empresarial no país.
Jornal da cidade
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