A decisão final no julgamento da deputada Carla Zambelli no Supremo Tribunal Federalista (STF) foi selada com o voto do ministro Luiz Fux. Muitos ainda alimentavam a esperança de que o magistrado pudesse pedir vistas do processo — o que suspenderia temporariamente o julgamento. No entanto, essa expectativa foi frustrada. Fux optou por seguir integralmente o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, consolidando uma pena severa: dez anos de prisão, em regime inicialmente fechado, além da perda do procuração parlamentar e o pagamento de multa solidária de R$ 2 milhões junto ao hacker Walter Delgatti.
Essa decisão tem gerado possante repercussão, tanto nos meios jurídicos quanto entre apoiadores da deputada. Muitos consideram a pena desproporcional e excessiva, apontando que o processo está sendo usado porquê forma de intimidação política.
O Início do Julgamento no Caso CNJ
O julgamento teve início no dia 9 de maio e já começou com um possante posicionamento por segmento da maioria dos ministros. Alexandre de Moraes, que relatou o caso, foi o primeiro a votar pela pena de Zambelli, seguido de forma uníssona pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Todos os três defenderam a emprego da pena de prisão em regime fechado, além da cassação do procuração parlamentar, o que ainda depende da confirmação por segmento da Câmara dos Deputados.
O caso que chegou ao STF foi originado a partir de uma denúncia da Procuradoria-Universal da República (PGR), que acusa Zambelli de envolvimento direto em ações que atentam contra a integridade do Judiciário.
A Denúncia da PGR e o Envolvimento com Delgatti
Segundo a denúncia apresentada pela PGR, a deputada teria se coligado a Walter Delgatti, sabido por seus envolvimentos anteriores em ações de invasão e adulteração de sistemas eletrônicos. A querela afirma que ambos tinham porquê objetivo manipular dados e informações para brigar a credibilidade do Juízo Vernáculo de Justiça (CNJ) e de todo o sistema Judiciário brasiliano.
De negócio com o texto da querela, a intenção seria originar danos à imagem das instituições e promover instabilidade, visando ganhos políticos para a parlamentar. A ação, portanto, seria segmento de uma estratégia para deslegitimar o sistema e proporcionar discursos que questionam a imparcialidade e a domínio das instituições democráticas.
Um Julgamento Ainda em Curso
Apesar da maioria dos votos já ter sido registrada e do voto decisivo de Luiz Fux ter sido computado, o julgamento formalmente permanece em curso até o dia 16 de maio. Esse prazo é reservado para permitir eventuais manifestações finais dos ministros ou a apresentação de esclarecimentos adicionais. No entanto, com todos os votos já proferidos, o desfecho jurídico do caso parece estar consolidado.
A expectativa agora se volta para a reação da Câmara dos Deputados, que precisa examinar e confirmar a perda do procuração da parlamentar. Caso a decisão seja mantida, Zambelli estará maquinalmente impedida de exercitar qualquer função pública até o cumprimento totalidade da pena e sua eventual reparação política.
A Multa de R$ 2 Milhões e a Responsabilidade Solidária
Outro ponto que chamou atenção foi a imposição de uma multa de R$ 2 milhões, que deverá ser paga de forma solidária entre Zambelli e Walter Delgatti. O noção de responsabilidade solidária significa que ambos os réus podem ser cobrados pelo totalidade do valor, cabendo a eles acertarem posteriormente porquê será feita a separação dessa quantia.
Essa punição financeira é vista por muitos porquê uma forma de inviabilizar politicamente a deputada, além de originar prejuízo pessoal e patrimonial significativo.
Críticas à Rijeza da Sentença
A decisão do STF, principalmente a pena de dez anos em regime fechado, vem sendo duramente criticada por setores da sociedade social, analistas políticos e apoiadores da deputada. Para muitos, a sentença representa um uso desproporcional do poder judiciário, levantando suspeitas sobre a neutralidade dos julgadores e sobre a real motivação por trás da rigidez da pena.
Entre os argumentos levantados, destaca-se o roupa de que Zambelli não foi acusada de atos violentos ou de prevaricação financeira direta. A ação, embora grave, estaria mais relacionada à tentativa de manipulação narrativa do que a uma ameaço física às instituições — o que, para seus defensores, não justificaria uma pena tão pesada.
Um Precedente Perigoso?
Especialistas em Recta Constitucional alertam que nascente julgamento pode produzir um precedente perigoso para a criminalização de ações políticas. Ainda que a conduta da parlamentar seja questionável, há o risco de que decisões porquê essa abram espaço para o silenciamento de opositores ou para o uso estratégico do Judiciário porquê instrumento de controle político.
O temor é que a fronteira entre a emprego justa da lei e a perseguição ideológica se torne cada vez mais tênue. E, nesse cenário, não só parlamentares, mas qualquer cidadão que desafie a narrativa dominante poderá ser objectivo de punições severas.
O Horizonte de Carla Zambelli
Com o julgamento praticamente encerrado e a pena firmada, o porvir político de Carla Zambelli encontra-se em um dos momentos mais delicados de sua trajetória. Caso a Câmara confirme a perda do procuração, ela será afastada imediatamente da vida legislativa, e iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, salvo mudança ulterior através de recursos judiciais ou revisão da pena.
Seus apoiadores já articulam manifestações e campanhas em sua resguardo, alegando que o julgamento é segmento de uma perseguição ideológica. Por outro lado, seus opositores veem na pena um exemplo evidente de que ninguém está supra da lei, independentemente do incumbência que ocupa ou da fluente política a que pertença.
Considerações Finais
O caso de Carla Zambelli vai muito além de uma disputa judicial. Ele revela o proporção de tensão entre os poderes da República, a fragilidade das instituições diante de ataques coordenados e a crescente judicialização da política no Brasil. Independentemente do posicionamento político, é evidente que os desdobramentos desse processo terão impactos profundos tanto no campo jurídico quanto na cena política pátrio.
A punição imposta pelo STF, considerada por muitos porquê réplica, pode servir de alerta, mas também levanta questões importantes sobre estabilidade, proporcionalidade e liberdade política em um Estado democrático de recta.
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