O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), determinou nesta segunda-feira (12) a suspensão do passaporte diplomático do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ou por outra, Moraes impôs a proibição de que o político deixe o território pátrio, reforçando as medidas cautelares em razão de sua atual quesito jurídica.
Prisão Domiciliar e Pena por Prevaricação
Fernando Collor está em prisão domiciliar desde o início do mês, em seguida ser sentenciado por crimes de prevaricação passiva e lavagem de quantia no contexto da Operação Lava Jato. A decisão do STF, que resultou em uma pena de 8 anos e 10 meses de reclusão, reforçou as suspeitas que pairavam sobre a trajetória política do ex-presidente nos últimos anos.
Inicialmente, Collor foi transportado a uma quartinho próprio em Maceió (AL), cidade onde tem residência fixa. No entanto, posteriormente, a Justiça autorizou a conversão da pena em prisão domiciliar, em função de sua idade e condições de saúde. A medida, no entanto, não amenizou a rigidez com que o Judiciário trata os direitos e restrições do sentenciado.
Impasse com o Passaporte Diplomático
Um dos elementos previstos na pena aplicada a Collor era a suspensão de seu passaporte. Todavia, a Polícia Federalista (PF) informou ao STF que enfrentava dificuldades para executar integralmente a medida, uma vez que o documento em questão era do tipo diplomático — emitido exclusivamente pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Por se tratar de um passaporte com regime próprio de emissão e reembolso, a Polícia Federalista alegou que não poderia simplesmente confiscar o documento sem que houvesse uma ordem específica do MRE. Essa particularidade levou o ministro Alexandre de Moraes a intervir diretamente, suspendendo oficialmente o passaporte diplomático de Collor.
Viagens pelo Mercosul Ainda Eram Possíveis
Mesmo com a regra inicial de suspensão do passaporte geral, um alerta importante foi feito pela Polícia Federalista: a retirada do documento não impediria completamente a saída do ex-presidente do país. Isso porque, dentro dos países que compõem o Mercosul, cidadãos brasileiros podem viajar utilizando somente o documento de identidade.
Essa brecha legítimo preocupou as autoridades e levou à adoção de uma medida mais drástica. Moraes decidiu portanto proibir, de forma explícita, que Fernando Collor deixe o Brasil. A proibição abrange todos os meios de transporte, incluindo aeroportos, rodovias e fronteiras terrestres.
Histórico e Repercussão
Fernando Collor de Mello já havia se tornado um personagem questionável da política brasileira desde sua presidência, marcada por denúncias de prevaricação e culminando em seu impeachment em 1992. Apesar de ter retornado à vida pública porquê senador por Alagoas, Collor continuou sendo cândido de investigações, sobretudo em seguida o progressão da Operação Lava Jato.
Sua pena recente, somada às medidas impostas por Moraes, evidencia uma novidade tempo de restrições. O ex-presidente, que já desfrutou de privilégios porquê o passaporte diplomático, agora enfrenta uma verdade muito dissemelhante: o cerco jurídico se fecha, e as benesses típicas da escol política já não garantem proteção contra as ações da Justiça.
O Papel de Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes tem sido uma figura medial nas decisões recentes envolvendo políticos investigados por prevaricação ou por atentarem contra as instituições democráticas. Sua atuação firme, marcada por decisões diretas e por vezes polêmicas, tem dividido opiniões no meio político, mas é frequentemente aplaudida por setores da sociedade que exigem o combate à impunidade.
No caso de Collor, Moraes justificou a suspensão do passaporte diplomático e a proibição de saída do país porquê medidas necessárias para prometer o cumprimento da pena e evitar qualquer tentativa de fuga. O ministro considerou que a permanência do político em território pátrio é fundamental para asseverar a realização da sentença e a integridade do processo judicial.
Outras Decisões do STF Reforçam Clima de Rigor
A decisão contra Fernando Collor não é um caso só. O STF tem adotado uma postura cada vez mais rígida em relação a políticos e figuras públicas envolvidas em escândalos. Recentemente, o ministro Moraes também se recusou a suspender a ação contra a deputada federalista Carla Zambelli no Recomendação Pátrio de Justiça, reforçando o entendimento de que privilégios políticos não devem impedir a responsabilização legítimo.
Ou por outra, outro caso de grande repercussão envolve a “Mulher do Tráfico” do Amazonas, condenada pelo Supremo e foragida há mais de três meses. Esses episódios mostram que o Judiciário está hipotecado em combater a impunidade, independentemente do incumbência ou influência das pessoas envolvidas.
Caminho Judicial de Collor Deve se Estender
Apesar da pena e das medidas já aplicadas, o caminho judicial de Fernando Collor ainda deve se prolongar. A resguardo do ex-presidente pode apresentar recursos, e há possibilidade de pedidos de revisão da pena ou das condições da prisão domiciliar. No entanto, diante do posicionamento firme do STF e da opinião pública, é pouco provável que haja qualquer tipo de flexibilização no limitado prazo.
Enquanto isso, o ex-presidente permanece em sua residência, impedido de transpor do país, sem passaporte diplomático e sob vigilância das autoridades. Sua trajetória, que começou porquê símbolo de renovação política nos anos 90, agora se confunde com a de tantos outros nomes da política brasileira que terminaram seus mandatos envolvidos em denúncias e condenações.
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