O dispêndio da cesta básica aumentou em 15 de 17 capitais brasileiras em abril de 2025, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores elevações mensais foram registradas em Porto Jubiloso (5,38%), Recife (4,08%), Vitória (4,05%) e São Paulo (3,24%). Houve quedas em Brasília (-0,87%) e Salvador (-0,23%).
Ainda de harmonia com o Dieese, a cidade de São Paulo presentou o maior valor da cesta de provisões essenciais no período, com dispêndio médio de R$ 909,25, diante de R$ 880,72 em março.
Em seguida, os maiores preços foram verificados em Florianópolis (R$ 858,20), Rio de Janeiro (R$ 849,70) e Porto Jubiloso (R$ 834,22). Já os menores custos foram registrados em Aracaju (R$ 579,93), Salvador (R$ 632,12), João Pessoa (R$ 641,57) e Recife (R$ 652,71), capitais do Setentrião e Nordeste, onde a formação da cesta é dissemelhante.
Na verificação anual, entre abril de 2024 e abril de 2025, quase todas as capitais registraram subida de preços, com variações entre 3,92%, em Natal, e 10,50%, em São Paulo. Salvador (-1,25%) e Aracaju (-0,37%) foram as exceções, com retração nos valores, aponta a instituição. Considerando exclusivamente os quatro primeiros meses de 2025, todas as capitais apresentaram aumento, com destaque para Recife (10,94%) e Fortaleza (10,80%).
Com base na cesta mais rostro, a da capital paulista, o Dieese estimou que, em abril, o salário mínimo necessário para suprir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.638,62, o equivalente a 5,03 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.518,00. Em março, o valor estimado era de R$ 7.398,94 (4,87 vezes). Já em abril de 2024, o necessário era de R$ 6.912,69, ou 4,90 vezes o mínimo da era (R$ 1.412,00).
O tempo médio necessário para comprar os produtos da cesta básica foi de 108 horas e 55 minutos em abril, maior do que em março (106 horas e 19 minutos) e levemente subalterno ao de abril de 2024 (109 horas e 55 minutos). Ainda segundo o Dieese, o trabalhador remunerado pelo piso vernáculo comprometeu, em média, 53,52% da renda líquida para comprar os itens da cesta básica, diante de 52,24% em março e 54,01% em abril de 2024.
Variação por itens
O moca em pó teve aumento de preço em todas as capitais analisadas em abril. Os reajustes variaram entre 0,87%, em Goiânia, e 15,55%, em Vitória. No aglomerado de 12 meses, os maiores aumentos foram observados em Vitória (137,04%), Goiânia (133,37%), Brasília (125,99%) e Porto Jubiloso (117,22%). O Dieese atribui essa subida à menor oferta global e às incertezas climáticas que afetam a safra brasileira.
A batata, pesquisada nas cidades do Meio-Sul, subiu em todas as capitais no mês, com destaque para Porto Jubiloso (35,01%) e São Paulo (11,00%). Apesar disso, em 12 meses, houve queda generalizada, mais poderoso em Porto Jubiloso (-33,79%) e Florianópolis (-28,31%). O Dieese aponta que a redução da oferta, aliada à menor produtividade por motivo do calor excessivo, pressionou os preços.
O preço do tomate também subiu em 15 capitais, com aumentos expressivos em Porto Jubiloso (51,99%), Vitória (34,28%) e Natal (32,91%). Em Belo Horizonte (-2,97%) e Brasília (-0,53%), houve queda. Em 12 meses, o comportamento foi misto, com elevações em oito cidades e reduções em nove. Segundo o Dieese, chuvas e clima delicado prejudicaram a colheita e atrasaram a maturação do fruto.
O pão gálico registrou subida em 12 capitais, com variações entre 0,26%, no Rio de Janeiro, e 4,99%, em Vitória. As quedas mais relevantes ocorreram em Aracaju (-1,83%) e Salvador (-0,49%). Em 12 meses, houve aumento em quase todas as capitais, com destaque para Porto Jubiloso (10,15%), Belo Horizonte (7,57%) e Salvador (7,24%). O Dieese relaciona o aumento à entressafra do trigo e à maior subordinação das importações.
Já a músculos bovina de primeira teve subida em 11 capitais, entre elas Florianópolis (1,08%) e São Paulo (0,06%). As quedas ocorreram em seis cidades, com destaque para Salvador (-2,81%). No aglomerado de 12 meses, todas as capitais apresentaram elevação, sendo Fortaleza (29,26%) e Brasília (29,02%) as mais expressivas.
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