O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), tornou-se o núcleo de uma polêmica política depois uma fala contundente feita durante um evento público. Em seu exposição, o patrão do Executivo estadual sugeriu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores poderiam ser levados “para a vala”, o que provocou uma reação imediata e intensa entre deputados da oposição e setores da sociedade.
O incidente gerou repercussões significativas na Parlamento Legislativa da Bahia (Alba), culminando no protocolo de um pedido formal de impeachment contra o governador. A solicitação foi apresentada na última terça-feira (6), levantando discussões sobre os limites da liberdade de sentença e a responsabilidade das lideranças políticas.
Pedido de impeachment é protocolado na Parlamento Legislativa
O responsável por protocolar o pedido de isolamento foi o deputado estadual Leandro de Jesus (PL), um dos principais nomes da oposição ao atual governo estadual. Segundo o parlamentar, a fala do governador configura transgressão de responsabilidade ao incitar violência política e colocar em risco os valores democráticos.
No documento entregue à Procuradoria Universal da Alba, Leandro argumenta que a enunciação do governador viola princípios fundamentais da Constituição Federalista. “Ao sugerir a eliminação de cidadãos com base em sua orientação política, o governador atinge diretamente a honra da pessoa humana e desrespeita o pluralismo político, pilares do Estado Democrático de Recta”, afirma o texto.
Ainda segundo o deputado, uma linguagem que desumaniza secção da população e que ameaço a convívio democrática não pode ser tolerada quando secção da mais subida domínio estadual. Para ele, tal postura compromete a integridade institucional e enfraquece o pacto social.
Procuradoria da Alba avalia o pedido
A presidente da Parlamento Legislativa, deputada Ivana Bastos (PSD), comentou sobre a situação e afirmou que o pedido será medido juridicamente pela Procuradoria da Vivenda. Em entrevista, Ivana reconheceu que o governador se excedeu em sua fala, mas indicou que acredita ter havido uma má tradução do exposição.
“Foi uma enunciação infeliz. Mas acredito que não houve intenção real de incitar violência. O governador já se desculpou e todos conhecem seu perfil pacífico e religioso”, declarou a parlamentar. Ela ainda ressaltou que não havia lido todo o texto do requerimento até o momento, mas garantiu que o processo seguirá os trâmites legais para apuração.
Retratação pública do governador
Diante da pressão e das repercussões negativas, Jerônimo Rodrigues se manifestou novamente na segunda-feira (6), durante visitante às obras de reforma do Teatro Castro Alves, em Salvador. O governador procurou contextualizar sua fala e apresentar um pedido público de desculpas.
“Minha enunciação foi tirada do contexto. O que eu quis manifestar foi que me sentia inconformado com o modo uma vez que o Brasil foi transportado, principalmente durante a pandemia. Usei o termo ‘vala’ uma vez que uma forma de expressar indignação, não uma vez que incitação à violência. Mas se o termo foi poderoso ou ofensivo, peço desculpas”, afirmou Jerônimo.
Essa retratação, no entanto, não foi suficiente para acalmar os ânimos da oposição, que continua pressionando por um posicionamento mais firme da Parlamento Legislativa.
Reações divididas na sociedade e no meio político
A fala do governador e o pedido de impeachment dividiram opiniões dentro e fora do envolvente político. Enquanto apoiadores de Jerônimo Rodrigues apontam que sua enunciação foi distorcida e usada uma vez que instrumento de ataque político, opositores reforçam a seriedade do incidente, alegando que discursos dessa natureza fomentam o ódio e enfraquecem o diálogo democrático.
Lideranças de partidos mais à esquerda tentaram minimizar a repercussão negativa, defendendo que o governador tem histórico de atuação pacífica e que suas palavras foram mal interpretadas. Já parlamentares bolsonaristas e figuras do campo conservador insistem que o uso da sentença “para a vala” carrega poderoso trouxa simbólica de violência, sendo inadmissível em qualquer contexto.
Setores da sociedade social organizada, uma vez que entidades jurídicas, movimentos sociais e lideranças religiosas, também se manifestaram. Algumas organizações emitiram notas pedindo cautela, diálogo e saudação reciprocamente, alertando para os riscos do acirramento político e da polarização extrema.
Liberdade de sentença ou exposição de ódio?
O incidente reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de sentença no exposição político. Especialistas em recta constitucional e cientistas políticos apontam que a fala de Jerônimo Rodrigues levanta uma importante discussão: quando uma enunciação ultrapassa o campo da retórica e passa a simbolizar uma ameaço aos direitos fundamentais?
Para alguns analistas, líderes políticos têm uma responsabilidade ampliada sobre o que dizem em público, já que suas palavras têm impacto direto sobre a população e o envolvente institucional. “Ainda que exista liberdade de sentença, o exposição de figuras públicas precisa ser ponderado, principalmente em momentos de poderoso polarização ideológica”, afirma um jurista consultado por veículos da prelo.
Próximos passos na Parlamento Legislativa
Com o pedido de impeachment agora em estudo, a expectativa recai sobre o parecer técnico da Procuradoria da Alba. Caso o parecer indique admissibilidade, o requerimento poderá ser levado à avaliação da Mesa Diretora e, eventualmente, ao plenário, onde os parlamentares decidirão se o processo deve ou não proceder.
Enquanto isso, o governo estadual tenta controlar os danos e substanciar sua narrativa de que tudo não passou de um mal-entendido. Jerônimo Rodrigues segue com sua agenda pública, tentando retomar o foco em ações administrativas e obras em curso no estado.
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