Seu desempenho esportivo chamou a atenção de uma equipe de pesquisadores, que pediu a ela que participasse de um estudo científico.
“O incrível nos seus dados é que seu VO2 supremo, provavelmente, é mais cima do que o de mulheres de 25 anos”, segundo o pesquisador Michele Zanini, da Faculdade de Esportes, Exercícios e Ciências da Saúde da Universidade de Loughborough, no Reino Unificado.
O VO2 supremo é a maior quantidade de oxigênio que pode ser absorvida, usada e transportada pelo corpo ao realizar uma atividade física. Ele é considerado indicador do rendimento aeróbico.
Zanini é um dos autores do estudo. Ele conta que Rice passou por uma série de testes, seis dias depois de participar da maratona de Londres, em 2024.
“Ela havia feito de fustigar o recorde mundial na sua categoria”, explica o pesquisador. “Por isso, foi um momento muito bom para que entendêssemos porquê seu corpo se desenvolve.”
Os pesquisadores se concentraram nos “fatores fisiológicos determinantes do rendimento fenomenal” da desportista. Mas Rice garante que não se sente dissemelhante dos demais corredores.
Correndo há mais de 40 anos
Rice nasceu na Coreia do Sul e emigrou para os Estados Unidos. Ela tem dois filhos, um com 52 e outro com 50 anos de idade.
A desportista começou a passar quando tinha 35 anos, para perder alguns quilos que havia ganhado nas férias.
Crédito,Registro Pessoal
“Comecei a trotar em volta da quadra, até que, sem perceber, estava correndo distâncias cada vez mais longas.” Primeiro, foram 3,4 km, depois 8 km.
Rice decidiu entrar em um clube de corredores da sua comunidade. Junto com eles, ela treinou e se inscreveu na sua primeira corrida: a maratona de Cleveland, nos Estados Unidos, em 1983.
“Corri em 3 horas e 45 minutos”, relembra ela. “Ali, fiquei sabendo que poderia fazê-lo e, por isso, comecei a treinar um pouco mais possante.”
Depois, veio a maratona de Columbus, no Estado americano de Ohio. Rice completou a prova em 3 horas e 16 minutos, garantindo sua classificação para a maratona de Boston.
“Ali, me apaixonei. Desde logo, não parei de passar maratonas”, ela conta.
Seus triunfos se traduziram em cada vez mais corridas, dentro e fora dos Estados Unidos.
“Não se tratava mais de passar em uma prova”, segundo ela, “mas também da emoção de viajar para outro país.”
O primeiro recorde mundial
Rice já correu mais de 130 maratonas. Ela conta que estabeleceu seu primeiro recorde mundial com 70 anos de idade, na maratona de Chicago, em 2018.
“O recorde anterior tinha cinco anos”, relembra ela, “e fustigar aquela marca foi muito importante para mim.”
“Em 2019, fui a Berlim [na Alemanha] e quebrei meu próprio recorde em três minutos: 3 horas e 24 minutos. Tenho certeza de que alguém logo irá batê-lo.”
Crédito,Gentileza Universidade de Loughborough
Rice estabeleceu oriente recorde na categoria de 70 a 74 anos de idade.
Em 2023, na maratona de Chicago, nos Estados Unidos, ela conseguiu um novo recorde na categoria de 75 a 79 anos. “E, no ano pretérito, bati o recorde da maratona de Londres”, ela conta.
Agora, Rice tem em vista a maratona de Sydney, na Austrália, que irá ocorrer em agosto. “Estou trabalhando para tentar quebrar meu próprio recorde.”
Toda semana, ela corre tapume de 80 km, em um regime de treinamento de seis dias por semana.
“Estou sempre pronta porque corro ao longo de todo o ano”, ensina Rice.
Quando a ciência bate à porta
O vencedor da maratona de Boston de 1968, Amby Burfoot, é reconhecido porquê profissional nesta questão. Sua vasta experiência porquê galeria da maratona é complementada pela sua curso porquê noticiarista e jornalista.
Crédito,Paul J. Connell/The Boston Globe via Getty Images
“Observamos as atuações de Jeannie e ela correu mais rápido que qualquer outra mulher de 75 anos [de que se tenha registro]”, declarou ele à BBC.
Burfoot entrou em contato com o professor de Nutrição e Ciências do Desenvolvimento Bas Van Hooren, da Universidade de Maastricht, na Holanda.
“Ele me recomendou que analisasse Jeannie, porque sabe que fiz estudos com homens atletas da categoria máster”, contou Van Hooren à BBC News Mundo.
“Ele me disse que ela também está quebrando recordes mundiais nesta partilha e me pareceu muito interessante, já que não havíamos realizado estudos com mulheres.”
Quando soube que Rice viajaria para Londres, o pesquisador ligou para seu colega Michele Zanini e eles fizeram contato com a desportista.
“Fiquei muito lisonjeada quando eles me pediram para participar”, relembra Rice. Ela tinha 76 anos na idade do estudo.
“Explicamos o que pretendíamos fazer e o que poderíamos oferecer, em termos de ideias para treinar melhor, que é o que você normalmente obtém depois de passar por um teste fisiológico”, relembra Zanini.
Mas oriente estudo vai muito além de Rice. Seu rendimento também esclarece porquê podemos envelhecer de forma saudável.
No laboratório
Os pesquisadores pediram à desportista que corresse em uma máquina, “porquê faz habitualmente” durante seus treinamentos.
Zanini destaca que eles se concentraram principalmente em medir sua capacidade aeróbica e calcular seu rendimento.
Crédito,Gentileza Universidade de Loughborough
“Tudo é feito em função de três parâmetros observados na absorvência máxima de oxigênio, ou seja, na quantidade máxima de oxigênio que uma pessoa pode utilizar”, explica Zanini.
“Isso nos permite determinar a economia do manobra e a economia da corrida, ou seja, porquê esse oxigênio se traduz em velocidade e nos limites fisiológicos.” Em outras palavras, quanto oxigênio Rice consome para maximizar seu manobra.
Os pesquisadores também estudaram parâmetros relacionados à técnica de corrida e à arquitetura muscular da desportista. Eles mediram sua gordura corporal e recolheram amostras de sangue, para estabelecer seus níveis de lactato.
A sessão durou tapume de três horas. Rice recorda que foi “realmente interessante”.
Os resultados
O estudo “revela o VO2 supremo mais cima já registrado entre mulheres com mais de 75 anos e o uso fenomenal [do oxigênio], em relação aos limites metabólicos e à velocidade da maratona, comparável ao de corredoras de longa intervalo de classe mundial mais jovens”.
Crédito,Gentileza Universidade de Loughborough
Zanini explica que o VO2 supremo registrado por Rice no laboratório ficou muito próximo do nível supimpa de condicionamento físico de uma mulher jovem, fixado, por exemplo, pelas diretrizes do Escola Americano de Medicina Esportiva.
A desportista também demonstrou frequência cardíaca máxima de 180 batidas por minuto, “muito supra do esperado para sua idade”.
“Quando os resultados foram publicados, eles me disseram que minha requisito física é quase tão jovem quanto a de uma mulher de 25 anos”, conta Rice.
“Realmente não me sinto assim”, ela diz, rindo. “Mas imagino que eles se refiram à minha forma de passar.”
“Não sou dissemelhante de ninguém. Corro com gente mais jovem e não vejo nenhuma diferença, exceto porque sou muito dedicada.”
“Decorrer é uma segmento importante da minha vida. Porquê ocorre com outros corredores, eu me sinto muito motivada. Eu me proponho um objetivo e é importante ter mandamento para atingi-lo.”
“Quero continuar correndo da mesma forma ou melhor”, afirma Rice, “mas, à medida que você envelhece, fica difícil permanecer mais veloz.”
“Sei que, se treinar muito, poderei ser um pouquinho mais rápida, mas não muito.”
Estilo de vida
Para Rice, a questão é “simplesmente” se manter saudável.
“Eu me levanto, tomo uma xícara de moca e, às 5h30, 6h da manhã, já estou na porta, pronta para trespassar para passar, todas as manhãs. Faço isso sem parar há 42 anos.”
Crédito,BBC News Mundo
“Eu me deito muito cedo”, ela conta. “Não preciso dormir muito, sete horas são suficientes para mim.”
“Porquê muitas verduras, frutas e muito peixe. Adoro arroz. Sei que deveria manducar um pouco mais de músculos vermelha para conseguir proteínas, vou tentar fazer pelo menos uma vez por semana. Mas não é um pouco que me enlouqueça.”
Rice conta que não sente urgência de frituras e nunca foi fã de doces. “Muita gente gosta de bolos e biscoitos, mas, para mim, nunca tiveram muita valimento.”
Mas ela já teve um hábito menos saudável, hoje posposto.
“Quando eu era mais jovem e estava criando meus filhos, costumava tomar uma globo de sorvete todas as noites”, relembra Rice. “Agora, tento me manter afastada porque sempre gostei de sorvete.”
Ela também toma muita chuva. “Fico hidratada o tempo todo.”
‘Incrível’
Rice conta que nunca pensou que poderia superar os homens corredores da sua categoria.
“Eu nem mesmo revisava seus resultados”, relembra ela. “Mas, quando corri a maratona de Berlim e bati meu próprio recorde, meu fruto me mandou mensagem: ‘Mamãe, você sabe que venceu os homens da sua partilha?'”
Crédito,Erica Denhoff/Icon Sportswire via Getty Images
Em março, Rice correu a maratona de Tóquio, no Japão, e venceu na sua categoria.
“Quando voltei para mansão, observei a partilha masculina e percebi que os venci por 1 ou 2 minutos. Pergunto aos meus amigos, brincando: ‘O que está acontecendo com os homens?'”, ela conta, rindo.
Para Burfoot, é “realmente incrível” que, em alguns eventos, Rice tenha conseguido melhor desempenho que os homens.
“Acompanho o atletismo com muita atenção e nunca vi outro caso em uma corrida grande, importante, porquê a maratona de Boston ou a maratona de Londres, em que a primeira mulher em uma categoria de idade tenha superado todos os corredores homens [da mesma categoria].”
“Jeannie fez isso, pelo menos, cinco vezes. É absolutamente incrível.”
Consistência
O professor Van Hooren destaca a perseverança de treinamento de Rice ao longo dos anos, sem tolerar grandes lesões, nem se subordinar a regimes diários de subida intensidade.
“Provavelmente, esta seja uma das razões que fizeram com que ela conseguisse treinar por tanto tempo”, explica ele. “Se você, literalmente, fizer décadas de treinamento, seu corpo irá se ajustar e você poderá conseguir rendimentos muito altos em idade avançada.”
Crédito,Gentileza Universidade de Loughborough
O pesquisador reconhece que é muito difícil notabilizar o que é genética e o que é treinamento. Mas oriente e outros estudos demonstram que fazer exercícios de forma consistente, à medida que envelhecemos, pode minorar a redução do VO2 supremo.
Michele Zanini explica que, se oriente parâmetro for reles demais, você não conseguirá subir escadas e, se seus níveis de força forem muito reduzidos, você não poderá manter o estabilidade.
“O treinamento pode ajudar a resguardar estas funções fisiológicas que são muito importantes para nossa independência”, afirma o pesquisador.
Além de manter sustento equilibrada e estilo de vida saudável, “acredito que a mensagem fundamental é que, se você quiser permanecer saudável em idade avançada, a perseverança é fundamental”, destaca Bas Van Hooren.
Para os autores, o estudo confirma que nunca é tarde demais para debutar a fazer exercícios.
“Não acredito que Jeannie pensasse, com 35 anos, que iria quebrar recordes mundiais com mais de 70 anos de idade”, explica Zanini.
‘Não se renda’
Jeannie Rice nunca teve um treinador. Para ela, sua paixão pelas corridas permitiu que ela fizesse segmento de um grupo de amigos.
“Nós nos motivamos e nos ajudamos uns aos outros”, ela conta.
Rice não gosta de passar ouvindo música. “Desfruto da venustidade da natureza, penso no que vou fazer, planejo.”
Ela raramente leva seu telefone celular. “É meu momento de silêncio.”
“Antes, ter 50, 60, 70 anos era ser velho. Mas, à medida que comemos melhor e fazemos exercícios, nossas vidas se estendem. Por isso, você precisa continuar se movendo.”
“Não precisa ser passar. Pode ser nadar, andejar de bicicleta. Faça o que você gosta e proponha-se um objetivo. É para você. Ninguém pode fazer por você.”
“Não se renda. A idade é só um número”, conclui a desportista.
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