O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, adotou o nome de Leão 14; foi eleito no 2º dia do conclave
O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito papa nesta 5ª feira (8.mai.2025), no 2º dia do conclave. A escolha se deu depois de 4 rodadas de votação. Ele adotou o nome de Leão 14.
A decisão pelo nome representa uma homenagem a Leão 13, que liderou a Igreja Católica de 1878 a 1903. Divulgado porquê o “papa dos trabalhadores”, ele defendeu a distribuição mais justa da riqueza e a mediação do Estado em obséquio das camadas sociais mais vulneráveis.
Durante seu pontificado, Leão 13 publicou, em 1891, a encíclica Rerum Novarum, que abordou os direitos e deveres de trabalhadores e empregadores diante das transformações provocadas pela Revolução Industrial. O documento é considerado um marco da teoria social da Igreja Católica.
LEÃO 13
Nascido em 2 de março de 1810, Gioacchino Vincenzo Raffaele Luigi Pecci ascendeu ao papado porquê Leão 13 em 20 de fevereiro de 1878, sucedendo a Pio 9. Seu pontificado, que durou até 20 de julho de 1903, é lembrado porquê um dos mais longos e influentes da história da Igreja Católica. Foi sucedido por Pio 10.
Pecci foi ordenado sacerdote em 1837 e foi núncio apostólico na Bélgica. Em 1846, foi nomeado papa de Perugia, onde serviu por mais de 3 décadas. Foi saliente a cardeal em 1853.
Uma das contribuições mais notáveis de Leão 13 foi a encíclica Rerum Novarum, publicada em 15 de maio de 1891, que abordou as condições dos trabalhadores na era industrial, defendendo seus direitos a salários justos, condições de trabalho seguras e a formação de sindicatos. Essa encíclica é considerada o marco inicial da Fundamento Social da Igreja.
Leão 13 também foi um protector do renascimento do tomismo, a filosofia de São Tomás de Aquino, porquê base para os estudos teológicos e filosóficos da Igreja. Publicou, por exemplo, a encíclica Aeterni Patris, de 1879, incentivou o retorno às raízes escolásticas porquê forma de enfrentar as mudanças intelectuais da estação.
QUEM É ROBERT PREVOST
Prevost nasceu em Chicago (Estados Unidos), em 14 de setembro de 1955. É sacerdote desde 1982 e foi papa emérito de Chiclayo, no Peru. Nomeado padre pelo papa Francisco em 2023, tornou-se integrante do Escola dos Cardeais da Igreja Católica.
Leão 14 é um líder agostiniano, ou seja, que segue a vida cristã ao estilo de Santo Agostinho. Essa ordem religiosa tem 6 valores fundamentais: interioridade, verdade, liberdade, amizade, comunidade e justiça solidária.
Robert Prevost é o 1º papa dos EUA, mas construiu grande segmento de sua curso no Peru, onde trabalhou nas décadas de 1980 e 1990, e se naturalizou peruviano. É poliglota e tido porquê um clérigo com habilidades diplomáticas.
Segundo o New York Times, Prevost tem posicionamentos similares ao do papa Francisco, e tende a dar perenidade a suas reformas. Assim porquê o pontífice prateado, Leão 14 tem compromisso com os mais pobres e com os direitos de imigrantes.
Por outro lado, é mais simples e menos liberal que seu predecessor. Já criticou o “estilo de vida homossexual” em exposição em 2012 e se colocou contra o ensino escolar que “procura fabricar gêneros que não existem”.
ENTENDA COMO FOI A ESCOLHA DO NOVO PAPA
Os 133 cardeais com recta de voto iniciaram na 4ª feira (7.mai.2025) o conclave, processo de escolha do 267º papa. Eles ficaram isolados na capela Sistina, no Vaticano, durante toda a votação até chegarem a um consenso sobre o sucessor do papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.
São necessários ⅔ dos votos para que um cardeal se tornasse papa. E não tinha um limite de votações.
Na 4ª feira (7.mai), às 5h (horário de Brasília), foi celebrada a missa que antecedeu a única votação do dia. Durante a homilia, o cardeal decano Giovanni Battista Re fez um apelo para que os cardeais recebessem inspiração divina e pudessem escolher um papa que a humanidade precisa.
No mesmo dia, às 11h30, os cardeais se reuniram na capela Paulina, dentro do multíplice do Vaticano, para rezar a Litania de Todos os Santos. Em seguida, caminharam até a capela Sistina e prestaram juramento de fidelidade ao processo de inteiro sigilo.
Depois do juramento, foi feita a tradicional ordem “Extra omnes” — que determina a saída de todos os não envolvidos no conclave. Depois, por volta de 12h45, a capela Sistina foi trancada pelo monsenhor Diego Ravelli, rabino das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, e começou a votação da escolha do novo papa. A capela também ficou fechada para visitação.
O Vaticano transmitiu o momento em que os cardeais rezaram a Litania de Todos os Santos e os juramentos. Depois, ficou foi exibida a frontispício da capela Sistina e a sua chaminé, de onde saiu a fumaça que indicava o resultado de cada votação.
Assista:
Foram preparados muro de 200 quartos em duas casas de hóspedes para os cardeais. Os aposentos têm uma leito, uma mesa de cabeceira e um armário. Janelas que dão vista para locais externos do palácio foram fechadas temporariamente para evitar que os cardeais fossem afetados por elementos externos ao conclave.
A partir do 2º dia de conclave, os cardeais votaram 4 vezes por dia: duas pela manhã e duas à tarde (no horário de Roma). Antes de cada vez de votação, os cardeais tinham que repetir o juramento.
Depois da narração dos votos, todas as cédulas eram queimadas ao final de cada rodada. A cor da fumaça indicava o resultado. Se fosse preta, significava que não havia definição; se fosse branca, um novo papa havia sido eleito.
O conclave não tem duração definida. Ele poderia insistir vários dias ou até semanas. Na eleição de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, os cardeais demoraram 2 dias para chegar a um consenso. Os últimos 5 conclaves não ultrapassaram 3 dias de votação. A eleição mais longa durou 2 anos e 10 meses, no ano de 1268.
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