O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Médio decidiu, nesta quarta-feira (7), por unanimidade, solevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros do país passou de 14,25% para 14,75% ao ano. Essa decisão representa a sexta subida consecutiva dos juros, consolidando um dos ciclos de aperto monetário mais longos dos últimos tempos.
A novidade taxa é a mais subida desde 2006, ou seja, há quase duas décadas o Brasil não via os juros nesse patamar. A medida procura sustar a escalada inflacionária que vem afetando a economia e o poder de compra da população.
Inflação Persistente Motiva Decisão
A elevação da Selic tem porquê principal objetivo enfrentar o progresso da inflação, que vem se mostrando resistente apesar das altas anteriores. Mesmo com sucessivos aumentos, os preços continuam pressionando o orçamento das famílias brasileiras, principalmente os mantimentos, combustíveis e serviços.
De negócio com o próprio Banco Médio, os riscos inflacionários se mantêm elevados, com fatores internos e externos influenciando negativamente o cenário econômico. Entre eles estão o aumento de gastos públicos, instabilidades fiscais, e os efeitos do cenário internacional, porquê tensões geopolíticas e o comportamento das taxas de juros globais.
Impactos da Selic Subida na Economia
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Médio para controlar a inflação. Com sua elevação, o dispêndio do crédito sobe, o que tende a reduzir o consumo e o investimento por segmento das empresas e famílias. Essa desaceleração, em teoria, ajuda a sustar a demanda e, por consequência, a pressão sobre os preços.
Por outro lado, juros mais altos também têm efeitos colaterais. O incremento da economia desacelera, o desemprego pode aumentar, e o endividamento das famílias se torna mais dispendioso. Pequenos empresários, por exemplo, têm mais dificuldade para obter financiamento e manter seus negócios competitivos. Para a população em universal, o chegada ao crédito fica mais restrito.
O Término de Uma Narrativa: Sem Campos Neto Para Culpar
Durante o governo anterior, muitos críticos do Banco Médio colocavam a responsabilidade pelos altos juros e pela inflação nas mãos de Roberto Campos Neto, presidente da instituição indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele se tornou um dos alvos frequentes de setores que apoiavam o atual governo federalista.
Agora, com a saída de Campos Neto e a nomeação de um novo presidente do Banco Médio mais desempenado ao governo Lula, essa narrativa perde força. Ainda assim, a política monetária segue rigorosa, e a taxa Selic continua a subir. Isso evidencia que o problema é estrutural, e não unicamente uma questão de nomes avante da instituição.
Silêncio e Falta de Reação do Governo
Enquanto a economia enfrenta uma das maiores taxas de juros dos últimos anos, o Palácio do Planalto mantém-se em silêncio. O presidente Lula encontra-se em viagem solene à Rússia, e os principais ministros da dimensão econômica evitam declarações públicas sobre o aumento da Selic e suas implicações.
Esse silêncio tem gerado críticas de diversos setores da sociedade. Muitos esperavam que o governo apresentasse alguma reação, medida ou, ao menos, um projecto de médio prazo para enfrentar o atual cenário econômico. Até o momento, no entanto, a estratégia parece ser esperar e observar.
Desorganização e Falta de Direção
Especialistas apontam que a exiguidade de uma coordenação clara entre política monetária e política fiscal agrava a situação. O Banco Médio tenta sustar a inflação com aumento dos juros, enquanto o governo federalista adota uma postura expansionista no campo fiscal, com aumento de gastos e promessas de novos programas sociais.
Essa desconexão entre as ações das duas frentes principais da política econômica compromete a eficiência das medidas. A falta de sinalizações claras e de um exposição unificado também contribui para a instabilidade dos mercados e a perda de crédito de investidores.
Consequências Para a População
A subida dos juros impacta diretamente a vida da população. Com o crédito mais dispendioso, comprar bens porquê sege, morada ou até financiar os estudos se torna mais difícil. Para quem já está endividado, a situação piora ainda mais. Os juros do cartão de crédito, cheque peculiar e empréstimos pessoais sobem, comprometendo ainda mais a renda mensal das famílias.
Aliás, com a desaceleração do consumo, o negócio e a indústria vendem menos, o que pode levar à redução de empregos. Em um cenário onde o desemprego ainda é saliente, essa perspectiva preocupa. O incremento econômico esperado para os próximos trimestres pode ser revisto para reles, prejudicando ainda mais os indicadores sociais e a recuperação do país.
Rumo Incerto: Qual o Próximo Passo?
Com a Selic no maior patamar desde 2006, a grande pergunta agora é: quando começará a queda dos juros? Para que isso ocorra, o Banco Médio precisa ter segurança de que a inflação estará controlada e dentro da meta estipulada pelo Juízo Monetário Pátrio (CMN).
Enquanto isso, é fundamental que o governo federalista contribua com responsabilidade fiscal e sinalizações mais claras para o mercado. Sem isso, o ciclo de juros altos pode se estender por mais tempo, ampliando o sofrimento da população e dificultando a retomada do incremento econômico.
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