conclave secreto para eleger o novo Papa já começou

Na manhã desta quarta-feira (7), teve início no Vaticano a tradicional missa Pro Eligendo Pontifice, cerimônia que marca a rombo solene do conclave que escolherá o novo líder da Igreja Católica.

A celebração, realizada às 10h no horário sítio (5h de Brasília), foi conduzida pelo cardeal decano Giovanni Battista Re, que em sua homilia fez um apelo direto à mediação divina.

Diante dos cardeais eleitores reunidos na Basílica de São Pedro, Re pediu que o Espírito Santo guie a escolha daquele que assumirá o trono de Pedro em um dos períodos mais desafiadores da história recente da humanidade.
“Viemos clamar pela luz e pela força do Espírito, para que seja eleito o papa que melhor corresponda às necessidades da Igreja e do mundo neste tempo de complexidades e provações”, afirmou o decano.

Um dos pontos centrais do exposição foi a resguardo da unidade e da confraria entre os membros da Igreja, missão considerada forçoso para o horizonte pontífice. Re ressaltou que a união entre cristãos não deve ser confundida com uniformidade de pensamento, mas sim com uma profunda confraria místico na variação, desde que esta esteja enraizada na fidelidade ao Evangelho.

“A unidade querida por Cristo exige uma confraria sólida, que respeite as diferenças, mas que mantenha viva a origem do Evangelho. O papa tem o papel de nutrir essa confraria: entre os fiéis e Cristo, entre os bispos e o sucessor de Pedro, e entre os próprios bispos. Não se trata de uma confraria fechada em si mesma, mas voltada ao diálogo entre culturas e povos”, explicou.

A cerimônia, que antecede a primeira rodada de votações do conclave, marca um momento de introspecção e reza, onde os cardeais buscam discrição místico antes de tomar uma das decisões mais importantes da Igreja Católica.

Vale lembrar que, durante a missa lutuoso do papa Francisco — também presidida por Giovanni Battista Re — o cardeal já havia evidenciado a urgência de sossego no cenário geopolítico atual, fazendo menção aos conflitos e crises globais, o que reforça o caráter simbólico e estratégico da eleição de um novo pontífice neste momento.

A eleição papal desperta atenção mundial, e no Brasil, maior país católico do mundo (182 milhões de fiéis, tapume de 13% do totalidade global, segundo o Anuário Pontifício 2025), a expectativa é ainda maior. A presença de sete cardeais brasileiros no conclave reforça o interesse e a valimento deste momento para o país.