Antônio Carlos Nunes, o coronel Nunes, ex-vice-presidente e ex-presidente interino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), recebeu mais de R$ 3,5 milhões da entidade entre 2022 e 2024, mesmo depois ter deixado oficialmente suas funções na entidade em maio de 2022. A informação foi divulgada em uma reportagem do portal LeoDias publicada nesta terça-feira (29).
Em documentos aos quais o veículo diz ter obtido aproximação, constam que teriam sido feitos repasses que totalizaram R$ 3.567.720,91, sendo que a maior segmento foi efetuada depois o desligamento formal de Nunes da confederação. Ele continuou recebendo mensalmente R$ 100 milénio até, pelo menos, o final de 2023. A partir de 2024, os registros não permitem identificar de que forma os valores remanescentes foram enviados.
Apesar de remoto das funções, o nome de Nunes ainda aparecia nos registros da entidade uma vez que vice-presidente. Fontes próximas à gestão indicam que os pagamentos foram realizados a contas jurídicas ligadas a ele.
Nunes foi um dos cinco dirigentes que assinaram o consonância homologado pelo Supremo Tribunal Federalista (STF) que garantiu a segurança da presidência de Ednaldo Rodrigues e viabilizou sua reeleição em março de 2025.
Paralelamente, Nunes declarou incapacidade em um processo judicial relacionado à pensão que recebe uma vez que ex-policial militar. Em 2023, um laudo médico anexado ao processo indicou comprometimento cognitivo, com episódios de tontura e ataxia, além de piora em seu estado neurológico. O documento foi assinado pelo neurologista Jorge Roberto Pagura.
Atualmente, o ex-dirigente vive recluso em sua lar no Pará. Pessoas próximas relatam que ele não exerce mais atividades profissionais e conta com o esteio da esposa e de uma filha para se expedir. O portal LeoDias tentou entrar em contato com Nunes, mas não obteve resposta.
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