A Percentagem de Segurança Pública do Senado irá realizar uma audiência pública na próxima terça-feira (29), às 11h, para ouvir Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, enquanto ele atuava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que teria recebido uma prenúncio de morte.
No início deste mês, a Polícia Federalista (PF) indiciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional com dano à gestão pública. O sindicância foi enviado ao Supremo Tribunal Federalista (STF) no dia 1º de abril.
A Polícia Federalista (PF) reuniu, em um documento de 21 páginas, arquivos do celular do ex-assessor que apontou um vazamento proposital de informações para o jornal Folha de S.Paulo.
A PF afirmou que “o diálogo deixou evidente que Tagliaferro divulgou ao veículo informações que foram obtidas enquanto ele trabalhava na Assessoria Peculiar de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Estas informações deveriam ser mantidas em sigilo, diz o relatório.
O requerimento para a audiência é de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que afirma que, em 2022, o gabinete de Moraes no STF teria pedido a integrantes da equipe do ministro no TSE para produzirem relatórios “para embasar medidas criminais contra apoiadores do portanto presidente Jair Bolsonaro”.
Girão cita ainda que outras pessoas estariam envolvidas na denúncia, uma vez que os juízes Marco Antônio Martins Vargas e Airton Vieira. Vargas foi juiz facilitar do ministro durante o período em que ele comandou o TSE e Vieira foi juiz instrutor do gabinete de Moraes no STF.
Em áudio gravado por Girão, o senador complementa que, em outubro de 2022, Airton teria solicitado que o relatório tivesse uma vez que origem o TSE, onde a produção seria atribuída a Marco Antônio.
Foram convidados para a audiência o ministro Alexandre de Moraes e os juízes Marco Antônio Martins Vargas e Airton Vieira, que ainda não confirmaram presença.
Além deles, também encontra-se no requerimento o nome do influenciador português Sérgio Tavares, que divulgou um vídeo em que Tagliaferro, teria demonstrado receio de Moraes e falado da possibilidade de deixar o Brasil, em conversa com o blogueiro Oswaldo Eustáquio Rebento.
Entenda o caso
Nomeado por Moraes uma vez que assessor-chefe da Assessoria Peculiar de Enfrentamento à Desinformação em 2022, Tagliaferro foi cândido de uma investigação da Polícia Federalista (PF) depois vazamentos das conversas do gabinete do ministro. Em 2024, o ex-assessor teria pronunciado que temia um pedido de prisão partindo de Moraes. Em março deste ano, um novo áudio teria vazado reforçando seu receio.
“Esses fatos levantam sérias preocupações sobre a utilização imprópria de recursos do sistema judiciário e a segurança dos envolvidos. O explicação dessa situação é forçoso para prometer a transparência e a proteção das pessoas afetadas”, afirmou Girão.
*Com informações de Filial Senado
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