Internado há quase duas semanas no Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intuito nesta quarta-feira (23) de mais uma tentativa de notificação judicial. A notificação diz saudação ao processo que tramita no Supremo Tribunal Federalista (STF), no qual ele é réu por suposta tentativa de golpe de Estado depois as eleições de 2022.
Segundo fontes ligadas à equipe do ex-presidente, uma solene de justiça circulou pelos corredores do hospital com a missão de entregar o documento judicial relacionado ao prazo de apresentação da resguardo prévia e à indicação de testemunhas — lanço inicial da ação penal sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
“Inacreditável”, reage Bolsonaro
Mesmo em recuperação de uma cirurgia abdominal considerada complexa, Bolsonaro expressou indignação com a tentativa de notificação.
“Inacreditável. Solene de justiça para me notificar. Acabei de fazer uma lavagem de glicerina. Vou agora para sala de imagens”, escreveu ele em mensagens enviadas a aliados, que circularam em grupos privados.
A fala foi interpretada uma vez que uma sátira ao que considera ser uma pressão jurídica excessiva em um momento de fragilidade física. A resguardo do ex-presidente ainda não se manifestou oficialmente sobre o incidente.
Cirurgia de 12 horas e rotina médica intensa
A internação de Bolsonaro teve início em 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia de muro de 12 horas para reconstrução da parede abdominal e correção de uma obstrução intestinal — sequelas da facada sofrida em 2018. O procedimento exigiu cuidados intensivos, e a equipe médica afirma que a recuperação está sendo monitorada de forma rigorosa, sem previsão de subida até o momento.
Apesar disso, o ex-presidente vem mantendo uma rotina de caminhadas leves e exames frequentes. Alguns desses momentos têm sido registrados em vídeo e compartilhados por assessores nas redes sociais.
Processo no STF segue em curso
A tentativa de notificação ocorre em meio ao progresso das ações judiciais contra Bolsonaro e seus aliados no contexto da investigação sobre uma provável pronunciação golpista. A Procuradoria-Universal da República (PGR) acusa o ex-presidente de liderar uma organização criminosa que teria atuado para contrariar os resultados das urnas e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O STF já aceitou as denúncias contra diversos nomes do entorno bolsonarista, incluindo ex-ministros, militares e influenciadores digitais. O processo contra Bolsonaro ainda está na tempo inicial, e o prazo para apresentação da resguardo pode ser ajustado, considerando a exigência clínica do réu — decisão que caberá ao relator do caso.
Contexto político e jurídico se entrelaçam
O incidente desta quarta-feira adiciona mais um capítulo ao embate entre o ex-presidente e o Supremo Tribunal Federalista. Enquanto Bolsonaro tenta manter-se politicamente ativo mesmo durante a recuperação, o Judiciário segue firme na tramitação das ações que investigam os atos de insubordinação institucional registrados no final de seu procuração.
A tentativa de notificação dentro de um hospital — embora tecnicamente legítimo — reaquece o debate sobre os limites entre o rigor judicial e o saudação a condições médicas sensíveis, principalmente em processos de subida repercussão política.
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