A morte do Papa Francisco abriu uma disputa política silenciosa, mas intensa, pelos rumos do Vaticano. Com o trono de Pedro vago, o governo dos Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, intensificou nos bastidores uma operação para influenciar o conclave e prometer a eleição de um papa desempenado aos valores conservadores e à agenda cultural do trumpismo.
Burch, que omitiu qualquer menção a Francisco ao assumir o posto, vem sendo descrito porquê peça mediano da operação. “Estou comprometido em trabalhar com líderes dentro do Vaticano e com a novidade governo para promover a pundonor de todas as pessoas e o muito geral”, afirmou, em tom diplomático, mas com alinhamento evidente à Mansão Branca.
A investida do trumpismo
A meta da governo Trump é clara: seleccionar um papa conservador, preferencialmente americano, com potente resistência às reformas promovidas por Francisco em temas porquê imigração, direitos LGBTQ, moral sexual, descentralização e flexibilizações doutrinárias. O nome que circula com força entre aliados do presidente é o do cardeal Raymond Burke, já semoto por Francisco, mas ainda influente em Roma. Ele se opõe frontalmente à atual orientação da Igreja e representa o setor ultraconservador que Trump deseja ver no comando do Vaticano.
O cômputo político da Mansão Branca é que um papa desempenado à sua agenda reforçaria globalmente a legitimidade de políticas internas e externas do governo americano — incluindo o endurecimento migratório, a taxa antiaborto, a oposição ao movimento LGBT e a resguardo de valores religiosos tradicionais. A Igreja, nesse quesito, voltaria a ser um instrumento diplomático da novidade ordem cultural defendida por Trump.
Nos bastidores, a CatholicVote tem sido determinante. Desde 2009, a entidade destinou US$ 2 milhões a campanhas republicanas e, em 2024, mobilizou com sucesso o voto católico, garantindo a Trump a maior vantagem entre católicos da história recente — 20 pontos percentuais. A entidade também atuou com Steve Bannon para rastrear dados de celulares de fiéis nas igrejas, enviando mensagens de mobilização eleitoral.
Líderes-chave na risco de frente
A fala ainda inclui nomes estratégicos dentro do governo: o vice-presidente JD Vance, a porta-voz Karoline Leavitt, o “czar das fronteiras” Tom Homam, além de Elise Stefanik (embaixadora na ONU), Marco Rubio (Departamento de Estado), Robert F. Kennedy Jr. (Saúde), Linda McMahon (Ensino), Sean Duffy (Transporte) e o diretor da CIA, John Ratcliffe. Todos católicos, todos alinhados à fileira mais dura do trumpismo.
A Mansão Branca também cortou repasses a entidades vinculadas ao Vaticano e intensificou pressões internas. Porquê reação, ainda em vida, Francisco tentou moderar o progresso dessa ofensiva. Nomeou o cardeal Roberto McElroy — crítico da política migratória de Trump — para liderar a arquidiocese de Washington DC, e enviou epístola dura aos bispos americanos denunciando as deportações em volume.
As respostas do entorno de Trump vieram à profundeza. Tom Homam recomendou ao papa “cuidar da própria instituição” e JD Vance declarou que Francisco “precisava se olhar no espelho”. Agora, com a cadeira de Pedro vaga, o confronto entra em sua temporada decisiva.
O conclave se tornou o novo front da guerra cultural travada por Trump. Com respaldo político, estrutura organizada e presença potente em Roma, a Mansão Branca tenta transformar a sucessão papal em mais uma conquista da novidade ordem conservadora global. Para o trumpismo, não basta governar os Estados Unidos: é preciso, também, influenciar quem falará em nome de Deus.
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