O radialista Emmanoel Capparelli, apresentador do programa Rock Radio em Rio Virente (GO), anunciou ao vivo nesta terça-feira (15) a retirada de todas as músicas da filarmónica Ira! da programação da emissora. A decisão, segundo ele, foi motivada por declarações polêmicas feitas pelo vocalista Nasi durante um show em Narração (MG), no termo de março.
Durante a transmissão, Capparelli criticou o artista por falas consideradas ofensivas a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Cá você não toca mais”, disparou o radialista, enquanto removia da programação clássicos uma vez que Dias de Luta, Girassol e Flores em Você. Ele afirmou que a medida é uma decisão editorial da rádio.
“Nasi com ‘s’, não de nazista”
De forma irônica, Capparelli fez referência ao nome do cantor: “O Nasi com ‘s’, não de nazista”, afirmou, em tom provocativo. “Declarou que ‘quem for bolsonarista, não quero ver nem o cheiro de vocês’. Os bolsonaristas aceitaram o repto e cancelaram até agora 50 shows da filarmónica Ira!, ou seja, acabou a filarmónica.”
O locutor também direcionou críticas à cantora Pitty, que já realizou parcerias com a filarmónica: “Vai rodar junto nessa”, disse, sugerindo que as músicas da artista também seriam excluídas da programação.
Fala do cantor gera reações
Em vídeos que circulam nas redes sociais, Nasi aparece fazendo críticas contundentes a apoiadores de Bolsonaro durante uma apresentação, afirmando que não queria a presença de bolsonaristas em seus shows. A enunciação gerou poderoso reação por secção do público conservador, incluindo cancelamentos de apresentações do grupo.
Capparelli reforçou seu posicionamento ao expor: “Vi um vídeo dele em que falou que vai meter porrada em quem falar mal dele. Estou louco pra lucrar porrada do Nasi. Cá em Goiás a gente é do sertanejo, é caipira. Cá em Rio Virente, eu te garanto que você nunca mais toca. Promessa minha.”
Repercussão
Até o momento, o vocalista Nasi ou a filarmónica Ira! não se pronunciaram oficialmente sobre as declarações do radialista ou sobre os cancelamentos mencionados. O incidente reacende o debate sobre liberdade de sentença, limites do posicionamento político de artistas e o impacto de declarações públicas na curso de figuras do entretenimento.
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