Com a economia colapsando e a popularidade em queda, governo Lula vai fazer ‘gato com lebre’ para garantir a reeleição » Conexão Política

O show de desespero político vai encetar. O governo federalista anunciou nos bastidores a intenção de oferecer conta de luz ‘gratuita’ ou quase ‘gratuita’ para até 60 milhões de brasileiros, além de um projecto de saúde popular custando até R$ 100.

As propostas, ainda em temporada de pronunciação, vêm num momento de possante queda de popularidade do presidente Lula e de desgaste do governo em praticamente todas as áreas, sobretudo na economia, que dá sinais claros de estagnação e perda de rumo.

As medidas fazem segmento de uma novidade ofensiva do Planalto para tentar restaurar espaço político às vésperas das eleições gerais de 2026. Com o desgaste crescente e sem entregas relevantes ao eleitorado que o elegeu, o governo agora aposta em medidas de possante apelo oportunista, mesmo sem base fiscal para sustentá-las. A expectativa do Planalto é que ações de impacto inopino, ainda que paliativas, sirvam de trunfo eleitoral.

No radar estão outras medidas semelhantes, que o governo pretende anunciar sob o véu da “justiça social”, mas que, na prática, funcionam uma vez que instrumentos de mobilização eleitoral. A estratégia repete práticas já vistas em eleições passadas, uma vez que no governo Dilma Rousseff, que chegou a manifestar que o PT faria “o diabo” quando se tratasse de disputar o voto.

O polêmico programa “Pé-de-Meia”, lançado com pompa, não conseguiu segurar a queda de popularidade do presidente. Agora, o governo segmento para ações mais drásticas, mesmo diante de um cenário fiscal deteriorado, sem verba em caixa e com crescentes dificuldades para satisfazer os compromissos já assumidos.

Com o Congresso pressionado e dividido, cresce o temor de que o Executivo avance sem freios, atropelando os limites orçamentários e explorando o assistencialismo uma vez que escada política. O risco, alertam analistas, é que o país pague um preço ainda mais basta nos próximos meses, aprofundando a crise que já atinge os mais pobres — justamente os que o governo diz querer proteger.