A presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav), Gabriela Fernanda Ritter, relatou abusos contra os presos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Segundo ela, os detidos, que estão no Multíplice Penitenciário da Papuda (masculino) e na Penitenciária Feminina do Região Federalista (Colmeia), enfrentam condições precárias, uma vez que sustento inadequada, com relatos de comida estragada ou até com larvas, além de superlotação, onde celas projetadas para oito pessoas abrigam o duplo. Ritter também destacou a falta de chegada a serviços sanitários básicos e pressões psicológicas que teriam levado alguns presos a tentar suicídio.
Ela afirmou que muitos dos detidos são réus primários, pais de família e trabalhadores sem antecedentes criminais, que não representariam transe à sociedade, mas permanecem presos sem individualização de suas condutas.
A Asfav, fundada por Ritter, elaborou um dossiê entregue a parlamentares da oposição na Câmara dos Deputados, detalhando essas denúncias em 59 ofícios enviados a órgãos governamentais e entidades de direitos humanos. Entre as irregularidades apontadas, está a dificuldade de chegada dos advogados aos autos dos processos e a lentidão na estudo de pedidos de liberdade provisória ou tratamento de saúde, muitos dos quais não foram apreciados pelo Supremo Tribunal Federalista (STF).
Ritter enfatizou que a associação não procura tutelar quem cometeu crimes uma vez que vandalismo, mas sim prometer o recta de resguardo e o devido processo legítimo aos presos, questionando a generalização das acusações.
Ela relatou que, no dia dos atos, enquanto um pequeno grupo depredava, outros oravam ou filmavam, mas todos foram presos indiscriminadamente, sem saliência de suas ações. Esses relatos têm sido usados pela oposição para criticar o STF, em peculiar o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações, culpado de conduzir os processos com rigor excessivo.
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