Em seu segundo procuração, o presidente norte-americano fez duas declarações sobre o Brasil até o presente momento. Na primeira, no primórdio de dezembro de 2024, mencionou a tentativa dos Brics de usar uma moeda que não seja o dólar. Na segunda, logo que retornou ao Salão Oval, indagado sobre o Brasil, declarou em tom de deboche que teria “excelentes” relações com o país, já que o Brasil depende da América em tudo, e a América não depende do Brasil em zero.
O tom mostra ainda mais do que as palavras uma vez que é a relação do governo Lula 3 com os EUA, principal parceiro mercantil do Brasil: nula. Mauro Vieira, o chanceler solene, e Celso Amorim, que exerce de roupa a função de relações exteriores, não possuem contato qualquer com a Mansão Branca.
Que está, em contrapartida, em contato manente com… Eduardo Bolsonaro. Fruto do ex-presidente, o deputado também é um nome presidenciável e alguém que está denunciando os desmandos autoritários do Brasil para toda a prensa e, principalmente, autoridades norte-americanas.
Se a América não é mais o principal coligado mercantil do Brasil desde 2009, tendo perdido o posto para a China, isto não significa que os norte-americanos são irrelevantes para o Brasil, uma vez que tenta fazer crer Lula. Os EUA ainda são líderes do mundo livre, e, para azedar de vez nossa diplomacia, a ditadura chinesa está em estagnação.
Mas há ainda uma {sigla} no meio do caminho que pode deixar o Brasil na pior situação provável. Aquela citada na primeira enunciação de Trump: o Brics.
O conjunto, que nasceu uma vez que acrônimo dos melhores países para se investir em 2001, segundo a visão de Jim O’Neill, do Goldman Sachs, é hoje tratado pelo próprio pai do termo uma vez que um pouco sem sentido — quem investiria na Rússia, em guerra, hoje, fora do sistema Swift, esperando bom retorno financeiro? O Brics, por fim, eram exclusivamente países com boas perspectivas para investir há 20 anos — não havia nenhuma afinidade cultural, geográfica nem histórica que os unisse.
De repente, o conjunto tornou-se um peso geopolítico — um pouco do qual o Brasil pouco pode se orgulhar, se tenta se vender ao mundo uma vez que uma democracia, cujos “poderes extraordinários” surgiriam exclusivamente para “combater antidemocráticos”.
Virou um oração ridículo a ser sustentado diante dos EUA e do Poente, quando seus aliados internacionais são Rússia, China e, agora, quitutes uma vez que Egito, Etiópia, Indonésia e… Irã. Não se trata de bom proposta enquanto Alexandre de Moraes cogita reter o passaporte de Eduardo Bolsonaro por denunciar o totalitarismo brasílio nos EUA.
Nesta sarau estranha com gente esquisita, da qual Celso Amorim é um dos principais arquitetos, o Brasil teria pouco a fazer, além de passar vergonha. Seria até interessante fazer secção de alguma reunião com mandachuvas uma vez que a Rússia e a China — mesmo ditatoriais, o Brasil estaria a portas fechadas com os grandes jogadores do tabuleiro, podendo continuamente ser o leal da balança num mundo que caminha para a guerra.
Hoje, com os Novos Brics, dividindo a posição com África do Sul, Emirados Árabes, Indonésia e Etiópia, o Brasil é exclusivamente mais um peso morto em uma sala enxurrada de ditadores dispostos a destruir o Poente (isso porque a Argentina, tão logo Milei assumiu, resolveu não passar a vergonha e recusou fazer secção do Brics).
A situação do Brasil, pavoneando “independência”, proclamando “soberania” e papagaiando “democracia” sem convencer ninguém, tem gerado constrangimentos inimagináveis em nossa história.
O primeiro foi em 2023, quando o governo Lula 3, sabe-se lá Deus por que cargas d’chuva, resolveu permitir que dois navios militares iranianos ancorassem em Copacabana, com espeque de Celso Amorim.
O senador Ted Cruz, um dos mais influentes dos EUA e ex-presidenciável, asseverou que os navios ameaçavam norte-americanos. Até mesmo o governo Biden assegurou que Teerã enriquecia urânio para armas nucleares (projeto que contou com bizarro lobby de Celso Amorim) e que o Brasil enviava “mensagem errada” ao permitir tais navios em suas praias. Os navios, suspeitos de carregar armamento, estão agora na mira do governo Trump, que pode considerar que o Brasil é uma das nações financiadoras do terrorismo.
De novo: não se trata de uma mensagem muito deleitável aos olhos norte-americanos, quando o governo brasílio e, principalmente, o STF vão precisar justificar suas medidas antidemocráticas diante do meio do mundo livre — e enquanto cogitam até prender Eduardo Bolsonaro.
Outro ponto de atrito, uma vez que enunciado por Donald Trump, é a tentativa de trocar as transações internacionais do conjunto por uma moeda única (uma vez que foi aventado), tentando enfraquecer o dólar — política que é preocupação do governo Lula 3.
Na última semana, Lula escudou-se no oração do protecionismo para fazer um pregão tímido e burocrático: afirmou que “aumentar as opções de pagamento significa reduzir vulnerabilidades e custos. A Presidência brasileira está comprometida com o desenvolvimento de plataformas de pagamento complementares, voluntárias, acessíveis, transparentes e seguras”. Zero mais dos arroubos histriônicos, que usavam o Brics uma vez que salvaguarda para conversinhas de professor de geografia de ensino médio.
O pregão de Donald Trump em novembro sobre a moeda do Brics, feito na Truth Social (uma das que enfrentam Alexandre de Moraes em tribunais norte-americanos), envolveu provável aumento de tarifas em 100%. Não parece exclusivamente um blefe: exclusivamente nesta terça-feira, 4, Trump aumentou as tarifas para a China em 50%, além de 25% para México e Canadá. Um aumento de 100% para o Brasil parece ser troco de pinga dentro do pacote do tarifaço. E para um país que pode ser encarado uma vez que patrocinador do terrorismo — e que “depende da América em tudo”.
Não contente com isso, duas facções criminosas brasileiras podem ser classificadas pelo governo norte-americano uma vez que terroristas. Mais uma vez, o STF é quem está na berlinda: a decisão sem lastro na Constituição de Edson Fachin de proibir operações policiais em favelas desde a pandemia pode ser entendida pelo governo norte-americano uma vez que conivência do STF — que, de roupa, é quem governa — com o terrorismo.
A lance não se concretiza em bom momento econômico para o Brasil. O dólar mercantil ainda está supra de R$ 6 (o turismo chega a R$ 6,23), os preços internamente estão enterrando uma provável reeleição de Lula — que poderia terminar sua biografia perdendo uma eleição e com péssima aprovação popular. O risco de revolta popular também não está descartado — e, desta feita, com norte-americanos entendendo que todo o poder vem do STF, subjugado por Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.
Para segurar o dólar, o governo petista vendeu US$ 33 bilhões em oito dias para moderar 20 centavos de dólar, terminando com 7,1% a menos de suplente do Tesouro — a “poupança” que o Estado tem para negociar moeda. O governo petista quer mesmo se fiar em um pouco que não seja o dólar — mas tem se mostrado totalmente dependente da moeda norte-americana.
O Brasil tem enviado péssimos recados para Washington, num momento em que precisa justificar por que esculhambou a democracia — e, desta vez, não será o STF quem julgará o próprio STF. Além de dólar, Irã, terrorismo e STF, a última várzea tem a ver simplesmente com a China, principal rival norte-americana — e, de novo, tendo Eduardo Bolsonaro uma vez que pivô.
O projecto da China para evadir de sua crise energética é conseguir urânio brasílio, que poderia ser enriquecido com ajuda do Irã. O urânio é importante para a cultura, a medicina e a própria vontade nuclear, incluindo a fabricação de bombas nucleares. Os acordos entre a China e o Brasil estão sendo costurados para ser firmados por ocasião do G20, a ser realizado em 22 de novembro em Johannesburgo, na África do Sul
– A China e o urânio brasílio:
– Dentre os 37 acordos do Brasil assinados com a China, por ocasião do G-20, talvez aquele sobre tecnologia nuclear seja o mais importante.
– A China, que faz secção dos BRICS (agora com o Irã), não tem urânio em grande quantidade no seu…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 3, 2025
Para tais acordos serem celebrados, firmando o Brasil uma vez que um parceiro nuclear com a China, nos primórdios de uma novidade guerra mundial, é preciso aval do Congresso. Eduardo Bolsonaro, que será horizonte presidente da Percentagem de Relações Exteriores, terá papel fundamental. Washington observará as movimentações da PGR e do STF com lupa — uma vez que nunca observou tanto o Brasil.
Revista Oeste
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