BRASÍLIA – O deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que mesmo licenciado do procuração na Câmara dos Deputados e vivendo nos Estados Unidos, continua tendo poder na Percentagem de Relações Exteriores (CREDN) da Mansão por meio do colega de partido Filipe Barros (PL-PR). O parlamentar paranaense foi eleito, na última semana, uma vez que presidente do colegiado.
“O Filipe Barros vai fazer uma grande presidência da Percentagem de Relações Exteriores. É uma pessoa próxima. Para quem acha que eu não estar sentado naquela cadeira significa que eu perdi o poder da CREDEN, negativo. Tenho o telefone do Filipe Barros, tenho falado com ele, e, se Deus quiser, ele vai colocar adiante as mesmas pautas que eu ia botar”, disse Eduardo numa live no Youtube na noite de sexta-feira (21).
Na última terça-feira (18), Eduardo Bolsonaro anunciou que iria se licenciar do procuração para permanecer nos Estados Unidos e, de conformidade com ele, “buscar justas punições” para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF). A decisão impediu que ele ocupasse a presidência da Percentagem de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, uma vez que planejado pela bancada do Partido Liberal.
A licença foi comunicada oficialmente ao Legislativo na quinta-feira (20). Eduardo pediu duas licenças: a primeira de dois dias para cuidados médicos; a segunda, com duração de 120 dias, por “interesse privado”. À noite, o deputado já aparecia uma vez que fora do treino do procuração no site da Câmara dos Deputados.
Na cadeira dele na Mansão, assumiu o Propagandista José Olímpio (PL-SP). O parlamentar é da cidade de Itu e foi deputado federalista por dois mandatos entre os anos de 2011 e 2018, com passagens por PP, DEM e União Brasil. O suplente também foi vereador por seis mandatos entre 1982 e 2009, por MDB, PPB e PP. Nas redes sociais, o pregador coleciona fotografias com o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados do grupo político.
Atuação internacional
Com Jair Bolsonaro inelegível por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e com o passaporte retido por decisão do Supremo, Eduardo Bolsonaro se tornou o principal representante do pai entre líderes e grupos da direita nos Estados Unidos, na América do Sul e na Europa.
O parlamentar transita entre lideranças de direita e mantém diálogo com Steve Bannon, estrategista de Donald Trump, e o prateado Javier Milei. É também Eduardo quem articula a edição brasileira do CPAC, uma conferência internacional que reúne figuras do espectro mais conservador.
Outrossim, ele lidera uma frente da oposição brasileira em território norte-americano em procura de espeque para Jair Bolsonaro contra as ações que ele enfrenta no Supremo. Internamente no partido, Eduardo Bolsonaro é até mesmo cotado para substituir o pai na eleição de 2026.
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