Bolsonaro ironiza repórter roubado ao vivo: “Foi só pra tomar uma cervejinha”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a invocar atenção nas redes sociais neste sábado (1º) ao reagir com ironia a um incidente ocorrido no núcleo do Rio de Janeiro. O observação do líder da direita foi direcionado ao caso do repórter Josué Diletante, da Inter TV, afiliada da TV Orbe, que foi atacado e roubado enquanto fazia uma transmissão ao vivo.
O jornalista cobria o movimento de foliões na noite de sexta-feira (28) quando um grupo de pessoas jogou espuma nos seus olhos e, aproveitando-se da confusão, furtou seu celular. O incidente foi amplamente repercutido nas redes sociais e pela grande mídia, reacendendo o debate sobre a segurança pública no Rio de Janeiro e a vulnerabilidade dos jornalistas em coberturas externas.
Bolsonaro, publicado por seu tom provocativo, comentou a situação de maneira irônica:
— Foi só pra tomar uma cervejinha — escreveu em seu perfil, aludindo a discursos passados que minimizaram crimes cometidos por criminosos sob a justificativa de consumo de álcool.
Caso gera polêmica e reação da Orbe
A TV Orbe, por meio de uma nota solene, repudiou a agressão e afirmou que qualquer violência contra jornalistas representa uma ameaço à liberdade de prelo e à democracia.
— A violência contra profissionais da prelo é um atentado contra o recta à informação e à liberdade de frase — declarou a emissora.
O repórter Josué Diletante foi socorrido pela equipe de segurança da escola de samba União de Maricá, que estava nas proximidades. O grupo conseguiu restabelecer o celular furtado e facilitar o jornalista.
O incidente gerou ampla repercussão, com muitos internautas criticando a instabilidade na cidade do Rio de Janeiro, enquanto outros ironizaram a postura da TV Orbe, que frequentemente minimiza a crise na segurança pública.
Segurança no Rio de Janeiro em debate
O assalto ao jornalista expôs, mais uma vez, o caos da segurança pública no Rio de Janeiro, onde crimes violentos ocorrem em plena luz do dia e diante das câmeras de televisão.
A capital fluminense registra altos índices de furtos e roubos, mormente durante grandes eventos uma vez que o Carnaval. Em 2024, os números já eram alarmantes, com registros de centenas de casos de arrastões, agressões e furtos.
O governador Cláudio Castro (PL) tem reforçado as operações policiais e aumentado o efetivo nas ruas, mas a sensação de instabilidade ainda domina a população.
Bolsonaro e a Orbe: rivalidade histórica
O observação irônico de Jair Bolsonaro não surpreendeu seus apoiadores nem seus opositores. O ex-presidente tem um histórico de embates com a TV Orbe, que frequentemente critica sua postura e suas declarações.
Desde sua eleição em 2018, Bolsonaro acusou a emissora de distorcer informações e promover uma agenda contrária ao conservadorismo. Em contrapartida, a Orbe tem sido uma das principais responsáveis por reportagens que desafiaram a narrativa do ex-presidente em diversos momentos de sua gestão.
A reação da esquerda foi previsível, com militantes e jornalistas condenando a fala de Bolsonaro e classificando-a uma vez que “desrespeitosa” e “insensível”. No entanto, seus apoiadores apontaram a hipocrisia da Orbe, que, segundo eles, ignora crimes diários no Brasil e só dá destaque quando um dos seus jornalistas é a vítima.
Liberdade de frase e politização da prelo
O incidente também levanta um debate sobre a liberdade de frase e o papel da prelo na política brasileira. Enquanto a Orbe defende que ataques a jornalistas são uma ameaço à democracia, críticos do jornalismo tradicional argumentam que a emissora não se preocupa com a liberdade de frase quando se trata de repreensão a opositores políticos.
Casos uma vez que a derrubada das redes sociais de políticos conservadores, a repreensão imposta pelo Supremo Tribunal Federalista (STF) e as constantes perseguições a jornalistas independentes são frequentemente ignorados pela grande mídia.
Para os apoiadores de Bolsonaro, a reação seletiva da Orbe só confirma que a emissora tem uma agenda política muito definida, atuando uma vez que porta-voz da esquerda e ignorando a verdade dos brasileiros comuns que enfrentam violência diariamente.
Reações nas redes sociais
A enunciação de Bolsonaro rapidamente viralizou, dividindo opiniões nas redes sociais. Enquanto opositores criticaram o tom do ex-presidente, seus apoiadores argumentaram que a Orbe está colhendo o que plantou, já que a emissora frequentemente minimiza a criminalidade e agora sente na pele os efeitos da instabilidade pública.
Nos comentários das publicações sobre o caso, muitas pessoas ironizaram a situação, apontando a falta de cobertura da emissora para crimes que afetam cidadãos comuns:
“Quando é um trabalhador assaltado, ninguém liga. Agora, porque foi um repórter da Orbe, querem fazer um escândalo.”
“Se fosse um jornalista independente, será que a Orbe sairia em resguardo da liberdade de prelo?”
“Bolsonaro só falou a verdade. A Orbe passa tecido para o transgressão e agora quer reclamar.”
Por outro lado, jornalistas e figuras públicas ligadas à esquerda classificaram a fala de Bolsonaro uma vez que “irresponsável” e “desrespeitosa”.
Desfecho
O incidente envolvendo o repórter Josué Diletante, a TV Orbe e a reação de Jair Bolsonaro é mais um capítulo da eterna guerra entre o ex-presidente e a grande mídia.
A ironia de Bolsonaro reflete não somente sua visão sátira sobre a Orbe, mas também um sentimento generalizado entre seus apoiadores de que a emissora tem dois pesos e duas medidas quando se trata de segurança pública e liberdade de frase.
Enquanto isso, o Rio de Janeiro continua enfrentando graves problemas de criminalidade, e o caso do jornalista assaltado ao vivo expõe a fragilidade da segurança na cidade.
Agora, resta saber se o incidente servirá para um debate sério sobre a violência urbana ou se será somente mais um varanda político para a mídia tradicional testilhar Bolsonaro.
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