Medicamentos com Maiores Aumentos
Entre os medicamentos com as maiores altas estão:
- Rivaroxabana: utilizado para prevenir e tratar tromboses, registrou o maior aumento, de 359%;
- Prednisolona: corticosteroide usado para inflamações e doenças autoimunes, subiu 340%;
- Tadalafila: indicado para disfunção erétil, teve subida de 328%.
Esses aumentos são atribuídos a fatores uma vez que:
- Inflação e desvalorização cambial;
- Desafios logísticos, incluindo custos elevados na enxovia de suprimentos;
- Subida demanda e baixa concorrência em determinados medicamentos.
Subida Excede Reajuste Regulatório
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) havia autorizado um reajuste de até 4,5% nos preços em 2024, com base em índices de inflação, produtividade industrial, variação cambial e tarifas de vigor elétrica. No entanto, os aumentos reais observados no mercado superaram em muito esse limite, evidenciando que fatores externos estão pressionando o controle de preços estabelecido.
Falta de Medicamentos no SUS
Paralelamente à subida de preços, pacientes enfrentam dificuldades para acessar medicamentos essenciais no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, o Ministério da Saúde não disponibiliza atualmente 76 medicamentos e procedimentos incorporados ao SUS desde 2018.
Entre os casos mais críticos está a insulina análoga de longa ação, indicada para o tratamento de diabetes tipo 1, incorporada ao SUS em 2019. Apesar de a legislação mandar que o medicamento esteja disponível em 180 dias, mais de 2 milénio dias depois ele ainda não é encontrado na rede pública.
Outros itens que enfrentam o mesmo problema incluem medicamentos para:
- Cancro;
- Diabetes;
- Hepatites;
- Doenças ginecológicas.
A lista também inclui exames, testes e implantes que deveriam estar disponíveis no SUS, mas que não foram efetivamente incorporados.
Problema Persistente em Diferentes Gestões
A falta de entrada a medicamentos no SUS é um problema que atravessa diferentes governos. No entanto, a situação continua sem solução sob a gestão da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com 64 dos 76 itens já ultrapassando o prazo lítico para estarem disponíveis.
Essa situação agrava ainda mais a dificuldade de pacientes que já enfrentam o impacto da subida de preços nos medicamentos comprados no mercado privado.