A rede varejista Americanas, em recuperação judicial desde 2023, anunciou o fechamento de mais lojas, elevando o número de unidades encerradas para mais de 200. Em janeiro de 2023, a Americanas operava com tapume de 1.880 lojas, número que caiu para 1.670 até o final de 2024, refletindo uma estratégia de redução de operações para renovar a empresa e buscar maior rentabilidade.
O fechamento de lojas tem sido segmento de um projecto de transformação da companhia, que prevê ajustes de pequeno e médio prazo, com foco na otimização do negócio e na adaptação aos comportamentos de consumo regionais.
A crise financeira da Americanas, desencadeada pela revelação de um rombo contábil de aproximadamente R$ 25,2 bilhões, levou a uma série de medidas de reorganização, incluindo o fecho de lojas em diversas localidades. Em janeiro de 2025, foram fechadas ao menos cinco unidades em São Paulo, nos bairros de Vila Mariana, Mooca, Tatuapé, Perdizes e Consolação, uma vez que segmento desta política de reorganização. A empresa também tem enfrentado desafios com ações de resíduo devido a pagamentos em delongado e a urgência de renegociar contratos de locação.
A redução no número de lojas físicas foi acompanhada por uma queda na base de clientes ativos e na força de trabalho. Desde o início da crise, a Americanas demitiu tapume de 6 milénio funcionários, um revérbero direto das dificuldades financeiras e da urgência de trinchar custos operacionais. Os fechamentos de lojas também têm sido uma resposta às mudanças no varejo, onde o transacção eletrônico ganha cada vez mais espaço, levando a empresa a reavaliar a viabilidade de algumas de suas unidades físicas.
A empresa, que tem tapume de 1.600 lojas ativas pelo país, além de suas plataformas online, está em um processo de redefinição de sua presença física. A Americanas afirmou que esses fechamentos são segmento do curso normal do varejo e que a estratégia inclui a sinceridade de novas unidades em locais estratégicos onde haja demanda.
A companhia tem tentado lastrar a redução de custos com a manutenção de uma presença significativa no mercado varejista brasiliano, investindo em áreas onde o potencial de lucro é maior.
Nascente movimento de fechamento de lojas é observado em um contexto onde a Americanas procura trespassar da recuperação judicial de forma sustentável. A empresa já fechou 99 unidades entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, com a tendência de continuar essa prática para conseguir a firmeza financeira. A situação da Americanas ilustra os desafios enfrentados pelo varejo tradicional em um cenário econômico incerto e com mudanças rápidas no comportamento de compra dos consumidores.