Na tarde do dia 23 de dezembro, seis pessoas da mesma família passaram mal depois consumirem uma sobremesa. Em seguida darem ingressão no hospital, três pessoas morreram: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos, irmãs de Zeli, além de Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos, filha de Neuza.
Zeli também foi internada em estado grave, mas recebeu subida hospitalar nesta sexta-feira. O marido de Maida e uma gaiato de 10 anos também chegaram a ser hospitalizados, mas foram liberados.
O que foi encontrado pela perícia?
Segundo informações da perícia, foram encontradas “concentrações altíssimas” de arsênio na sobremesa, superiores a 350 vezes ao mínimo para o intoxicação. Também foi constatada a presença da substância tóxica em quantidades equivalentes a 2.700 vezes do totalidade contabilizado na sobremesa.
Com o curso do caso, os investigadores descobriram a ocorrência de uma quarta morte. O sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, morreu em setembro do ano pretérito e, na era, a motivo do falecimento foi atribuída a uma intoxicação nutrir. No entanto, depois a repercussão do caso do bolo contaminado, foi levantada a hipótese de que ele também teria sido morto por intoxicação provocado por arsênio. A suspeita foi confirmada pela perícia nesta sexta-feira.
Ainda segundo os investigadores, Deise tentou ocultar as provas depois a morte de Paulo. Informações de dados celulares, revelados pela Polícia Social, mostram que ela tentou cremar o corpo do sogro e produzir a narrativa de que ele teria consumido bananas contaminadas por uma enchente no município de Canoas (RS), onde a família tem uma moradia.
Ela também teria dito que o marido estaria “muito deprimido” com a morte do pai e ele que estaria se culpando por, supostamente, ter levado as frutas para Paulo. Com isso, Deise pediu para que não fossem feitas novas análises laboratoriais no corpo para a invenção da motivo do óbito. Nos apelos, chegava a mencionar Deus.
“Acho que precisamos rezar mais, concordar mais, e não procurar culpados onde não tem, não nos momentos em que Deus nos suplente. Isso, sim, não tem volta, nem polícia, nem perícia que possa nos ajudar a desvendar”, disse ela em mensagem para a sogra.
O solicitador titular da Polícia Social de Torres, Marcos Vinicius Veloso, afirmou que Deise se referiu à sogra porquê “naja” em depoimentos prestados às autoridades policiais. Ele também descreveu assim o comportamento de Deise:
— Uma postura fria, com uma reposta sempre na ponta da língua, tranquila — afirmou.
Durante a coletiva, as autoridades também confirmaram que Deise teria tentado visitar a sogra hospitalizada, poucos dias depois o incidente, e levado um suco para ser consumido por Zeli. Diante da suspeita de que poderia se tratar de uma novidade tentativa de intoxicação, os acompanhantes da idosa descartaram o líquido.
— Percebendo que poderia possuir essa possibilidade, recolheram, portanto, essas garrafas e levaram até a delegacia — relatou o solicitador, ao declarar que os objetos também passarão por uma estudo pericial.