O ex-presidente Jair Bolsonaro respondeu às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a galeria de ex-presidentes no Palácio do Planalto. Durante uma visitante à galeria, Lula sugeriu que fosse incluída a informação de que Bolsonaro “foi eleito em função das mentiras” e que Michel Temer assumiu a presidência “em função do impeachment da Dilma”. Bolsonaro rebateu essas declarações em uma postagem no X, afirmando que Lula “diz mais mentiras” e acusando-o de tentar reescrever a história para favor próprio.
Lula, durante sua visitante à galeria reinaugurada posteriormente os ataques de 8 de janeiro de 2023, criticou a exiguidade de informações detalhadas sobre os mandatos dos presidentes, pedindo a inclusão de QR codes para fornecer mais contexto. Ele mencionou especificamente que Dilma Rousseff sofreu um “golpe” com seu impeachment, uma narrativa que Bolsonaro contestou vigorosamente. Bolsonaro argumentou que Lula está “atribuindo a outros o seu principal esporte”, referindo-se à contação de mentiras, e criticou a tentativa do petista de objurgar o povo e manipular a narrativa histórica.
A resposta de Bolsonaro foi rápida e veio em um contexto onde a polarização política no Brasil continua intensa. Ele usou a plataforma para tutelar sua eleição e a legitimidade do processo democrático que o levou ao poder, rejeitando a denunciação de que sua vitória foi baseada em mentiras. Bolsonaro também criticou a teoria de que a galeria deveria servir porquê um espaço para reescrever a história política brasileira de conformidade com a visão do PT.
Os comentários de Bolsonaro foram amplamente compartilhados e discutidos nas redes sociais, onde apoiadores e críticos do ex-presidente debateram a denunciação de Lula e a resposta de Bolsonaro.
A troca de farpas entre os dois líderes políticos reflete um conflito contínuo sobre a narrativa histórica e a tradução dos eventos políticos recentes no Brasil, onde cada lado tenta moldar a percepção pública dos fatos.
Esta troca de críticas não é unicamente uma disputa pessoal entre Bolsonaro e Lula, mas também um revérbero da separação partidária e ideológica no país, onde a verdade histórica é frequentemente contestada.
A galeria do Planalto, que deveria ser um espaço de celebração da história presidencial brasileira, tornou-se, neste contexto, um campo de guerra simbólico para a guerra de narrativas entre os dois principais líderes políticos do Brasil recente.