Uma sucuri prenhe morreu atropelada na rodovia MT-338, em Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, nesta segunda-feira (6). O bicho, que media muro de 5 metros, estava na reta-final da gravidez e expeliu muro de 40 filhotes posteriormente o impacto.
O pescador e youtuber Ederson Negri Antonioli disse que encontrou a serpente ainda com partes do corpo se movendo. Ele registrou a cena da serpente morta e ao lado dezenas de filhotes que também não sobreviveram. (Vídeo no final da material)
O biólogo Henrique Abrahão Charles explicou que acidentes porquê esse são frequentes em Mato Grosso, já que cobras, porquê a sucuri-verde (Eunectes murinus), buscam se aquecer às margens das estradas para regular a temperatura corporal, mormente posteriormente se alimentarem.
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“Esses animais dependem do calor extrínseco para aumentar o metabolismo. Isso os leva a áreas porquê estradas, onde acabam sendo atropelados”, detalhou Henrique. Ele acrescentou que a sucuri-verde é uma espécie vivípara, ou seja, seus filhotes se desenvolvem no corpo e não em ovos.
Desequilíbrio ambiental e impactos
Henrique destacou que o atropelamento de animais silvestres nas rodovias de Mato Grosso reflete um grave desequilíbrio ambiental causado pela falta de medidas de proteção à fauna sítio. “Milhões de animais, porquê cobras, pássaros e até grandes mamíferos, morrem anualmente em estradas que cruzam áreas naturais”, alertou o biólogo.
Além de buscar calor, as cobras muitas vezes precisam cruzar rodovias em procura de comida ou habitats, aumentando os riscos de acidentes. A falta de uma única serpente adulta, segundo Henrique, pode promover um desequilíbrio significativo.
“Uma sucuri adulta pode controlar naturalmente até 1 milhão de roedores ao longo de 20 anos, ilustrando o impacto ecológico de sua morte.”
Natividade/Créditos: Folha MS
Créditos (Imagem de capote): Erik Silva Post publicado: