Francisca Maria Silva, de 33 anos, é a quarta vítima trágico de um intoxicação de um baião de dois ocorrido em Parnaíba, no Piauí em 1º de janeiro. Ela e outros oito membros da família consumiram o manjar que havia sobrado da noite do dia 31 de dezembro.
Além de Francisca, seus filhos Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, e seu irmão Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, também faleceram em razão do intoxicação. Sua outra filha, uma moça de 4 anos, segue internada em estado grave no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)
No entanto, outra tragédia ocorrida na família chamou atenção da mídia. Segundo informações da TV Clube, afiliada à Rede Orbe no Estado, Francisca perdeu outros dois filhos por intoxicação no ano pretérito. Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, comeram cajus envenenados que foram oferecidos por uma vizinha da família.
Publicidade
A mulher identificada porquê Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi indiciada pelos crimes de homicídios qualificado tentado e consumado contra as crianças. Ela foi presa em flagrante, mas negou as acusações.
O violação ocorreu em 23 de agosto de 2024. Na estação, a mãe das crianças relatou que o rebento mais velho chegou em vivenda com um saco de cajus, que teria sido oferecido por Lucélia. A mulher tinha histórico de brigas com a vizinhança e já havia sido suspeita de envenenar animais na região.
Revoltados, vizinhos incediaram a vivenda da mulher depois ela ter sido presa. Segundo a TV Clube, agentes encontraram, por baixo de uma cômoda na residência de Lucélia, resquícios de “estricnina”, conhecida porquê “chumbinho”.
Em outubro do ano pretérito, um laudo pericial do Instituto Médico Lícito (IML) comprovou que os cajus comidos por Ulisses e João Miguel estavam envenenados com “terbufós”, mesma substância que foi usada para envenenar o baião de dois consumido pela família de Francisca Maria Silva no dia 1º de janeiro.
Entenda cronologia do caso
Maria dos Aflitos, de 52 anos, morava com o marido Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos. Na residência, também residiam outros três filhos do par e três netos: Manoel Leandro da Silva, uma jovem de 17 anos, Francisca Maria Silva e seus filhos Igno Davi, Maria Lauane e a moça de 4 anos.
De entendimento com a TV Clube, afiliada à Rede Orbe no Piauí, a família preparou uma ceia na noite do dia 31 de dezembro para comemorar a chegada do novo ano. Os pratos eram mesocarpo, feijoeiro tropeiro e baião de dois. Nenhum membro da família se sentiu mal depois ingerir a ceia.
No dia 1º de janeiro, a família se reuniu para manducar o que havia sobrado da repasto. No entanto, pela manhã, eles também ganharam peixes porquê segmento de uma ação social promovida por um par na região. Assim, a família fritou os peixes para seguir o que havia sobrado do réveillon.
O solicitador Abimael Silva, responsável pelo caso, afirmou que os membros da família só começaram a passar mal na tarde do dia 1º. Estavam na vivenda também Maria Jocilene, de 32 anos, e seu rebento, de 11 anos. A mulher é ex-nora de Maria dos Aflitos, mas não residia no sítio.
Maria dos Aflitos foi a única que não ingeriu os provisões, pois estava dormindo no momento da repasto. Manoel Leandro e Igno Davi faleceram no dia 1º, horas depois de terem sido atendidos. Entre os dias 2 e 4 de janeiro, Maria Jocilene, seu rebento de 11 anos, Francisco de Assis e a jovem de 17 anos receberam subida.
No dia 5 de janeiro, o laudo pericial do Instituto de Medicina Lícito (IML) revelou que o veneno estava no baião de dois. A partir daí, a Polícia Social passou a investigar o caso porquê homicídio. Inicialmente, a suspeita era de que os peixes haviam sido envenenados, mas a perícia apontou que não.
Antônio Nunes, diretor do IML, informou que o veneno foi posto em “riqueza” em todo o baião de dois. Em 6 de janeiro, Maria Lauane faleceu, se tornando a 3ª vítima. Ela era filha de Francisca Maria da Silva, que faleceu nesta terça-feira, 7.
Outro apontamento delicado pela TV Clube é que Francisca era mãe de João Miguel e Ulisses Gabriel, dois meninos que morreram envenenados em 2023, depois comerem cajus contaminados com a mesma substância do baião de dois.
O IML identificou a presença de “terbufós”, um veneno agrícola altamento tóxico usado porquê inseticida e nematicida. A substância ataca o sistema nervoso mediano, e seus efeitos podem deixar sequelas neurológicas ou levar a morte.
A Polícia Social investiga o violação porquê homicídio, pois há possibilidade de que alguém tenha posto a substância de maneira proposital no manjar. Entre as hipóteses estão que o violação possa ter sido cometido por alguém de dentro da vivenda, ou por alguém que invadiu a vivenda na madrugada de Ano-Novo.
Manancial/Créditos: Terreno
Créditos (Imagem de toga): Foto: Reprodução/TV Clube