A Justiça paulista decretou a prisão preventiva do guarda social municipal (GCM) que atirou e matou o secretário municipal adstrito de Segurança e Controle Urbano, Adilson Moreira, nesta segunda-feira (6), dentro da prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo. O responsável do homicídio passou por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (7).
A Polícia Social de São Paulo havia decretado a prisão em flagrante e determinado o indiciamento do GCM Henrique Marival de Sousa. A polícia apreendeu também a arma do violação – uma revólver Taurus, calibre .40 -, acompanhada por dois carregadores, um coldre e diversos cartuchos; oito estojos e quatro fragmentos de projéteis; um aparelho celular do indiciado e um simulacro de arma de lume encontrado na mochila, que estava dentro do sege do guarda social.
De pacto com boletim de ocorrência, emitido na madrugada desta terça-feira (7), o indiciado, que foi expedido das acusações feitas contra ele e das provas existentes, escolheu permanecer em silêncio ao ser interrogado pela domínio policial. Ele estava escoltado de advogados.
Segundo testemunho de testemunhas, registrado no boletim, Henrique Marival de Sousa integrava a equipe de segurança da primeira senhora do município. Ontem (6), o secretário realizou reunião com guardas civis, na prefeitura, para anunciar alterações na equipe de segurança pessoal do prefeito e da primeira-dama, por conta da mudança de gestão municipal.
Na ocasião, foi anunciado quem permaneceria na equipe e quem voltaria aos quadros na Guarda Social. Henrique Sousa teria sido um dos agentes anunciados para transpor da equipe de segurança de dignitários da prefeitura. Ainda segundo testemunhas, depois a reunião, o secretário passou a receber individualmente quem quisesse tratar de qualquer tema. Na vez de Henrique, foram ouvidos disparos de arma de lume dentro da sala.
Segundo o representante Daniel Alois Martins, conforme consta no boletim de ocorrência, apesar dos indícios de motivação do violação identificados nos depoimentos – desligamento do guarda da equipe de segurança de dignitários -, ainda não foi provável atestá-lo “de maneira inequívoca”.
“De modo que não vislumbro a possibilidade de firmar a incidência de eventuais hipóteses qualificadoras ao homicídio, seja pela motivação (ainda não suficientemente esclarecida), seja ainda pelo modo de realização, circunstâncias que, não obstante, ainda serão objeto de diligências investigativas futuras”, apontou o representante, no boletim. Segundo ele, a conduta se configura uma vez que homicídio doloso, modalidade simples, consumado.
Segundo a prefeitura, antes de efetuar os disparos, o GCM Henrique Marival de Sousa manteve o secretário-adjunto uma vez que refém, trancou as portas de aproximação ao sítio e montou barricadas. O guarda social se entregou à polícia por volta das 19h30. A negociação foi conduzida por equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), da Polícia Militar.