O diretor-geral da Polícia Federalista (PF), Andrei Fernandes, adotou uma postura firme ao declarar que “não passaremos a mão na cabeça de ninguém” em relação ao questionário que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado depois as eleições de 2022 no Brasil. Essa enunciação foi feita durante uma entrevista coletiva em Brasília, onde Fernandes abordou as investigações sobre os eventos do dia 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram os prédios dos Três Poderes.
Fernandes destacou que a PF está comprometida com uma investigação justo e rigorosa, buscando responsabilizar todos os envolvidos, independentemente de sua posição hierárquica ou influência política. Ele enfatizou que a Polícia Federalista está trabalhando para esclarecer os fatos, identificar os responsáveis e prometer que não haja impunidade. O questionário examina a participação de figuras políticas, militares e civis na organização dos atos que culminaram com a invasão das instituições democráticas.
A enunciação de Andrei Fernandes veio em um momento em que a investigação avança, com a inclusão de novos depoimentos e a estudo de provas que incluem mensagens e documentos que podem patentear a fala de um golpe. O diretor-geral da PF também mencionou que a corporação está colaborando com o Supremo Tribunal Federalista (STF), onde o questionário sobre a tentativa de golpe está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
A postura de Fernandes foi interpretada por muitos uma vez que uma resposta às críticas de que a investigação poderia estar sendo influenciada por interesses políticos ou que poderia ter leniência com figuras de destaque.
Postagens em redes sociais e comentários em notícias refletiram uma ramificação na opinião pública: enquanto alguns aplaudiram a promessa de uma investigação sem concessões, outros questionaram a efetividade e a imparcialidade das ações da PF em casos de subida repercussão política.
A investigação sobre a suposta tentativa de golpe é um dos inquéritos mais sensíveis da história recente do Brasil, com implicações para a democracia e o Estado de Recta no país.
A enunciação de Fernandes procura reafirmar o compromisso da Polícia Federalista com a justiça e a transparência, mas também coloca em destaque a pressão sobre a instituição para que suas ações sejam vistas uma vez que legítimas e livres de qualquer manipulação política.