O Instituto Brasiliano do Meio Envolvente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou nesta segunda-feira (6) a existência de fissuras no tanque de um dos caminhões que afundou no Rio Tocantins em seguida o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins ao Maranhão. O veículo da empresa Pira-Quimica continha 23 milénio litros de ácido sulfúrico.
A informação prévio foi constatada por mergulhadores que identificaram, na última sexta-feira (3), a presença de duas fissuras no tanque, em seguida a suspeita de um provável vazamento levantada pela equipe da Marinha do Brasil que atua na operação de procura e resgate das vítimas. De combinação com o Ibama, foi solicitado relatório solene das informações obtidas no lugar pela equipe da Pira-Química, que deverá ser concluído até esta quinta-feira (9).
O órgão ligado ao Ministério do Meio Envolvente informou ainda que as análises da qualidade da chuva do Rio Tocantins não demonstram alterações consideráveis. “Até o momento, os parâmetros avaliados estão dentro da normalidade para chuva gulosice. Desde a queda da ponte, não foi constatado impacto à fauna lugar.”, destacou, por meio de nota.
O comitiva da qualidade da chuva é realizado diariamente pela Escritório Pátrio de Águas e Saneamento Vital com a Secretaria de Estado do Meio Envolvente e Recursos Naturais do Maranhão. As ações de resposta à emergência ambiental também são acompanhadas por servidores do Núcleo Pátrio de Emergências Ambientais e Climáticas e das superintendências do Ibama no Maranhão e Tocantins.
Outras cargas
Além do caminhão da Pira-Quimica, o desabamento da ponte também levou mais dois caminhões carregados de produtos perigosos às águas do Rio Tocantins. Um deles, da empresa Videira, transportava 40 milénio litros de ácido sulfúrico. A estudo visual de mergulhadores constatou que o tanque permanece inviolado.
O terceiro veículo, da empresa Suminoto, transportava bombonas carregadas com agrotóxico. O trabalho de sondagem da trouxa no fundo do rio deverá ser realizado por mergulhadores contratados pela empresa ainda hoje.
Segundo o Ibama, as empresas e o Departamento Pátrio de Infraestrutura e Transporte (DNIT) foram notificadas a apresentar Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) com estudo de riscos para retirada dos caminhões e produtos depositados no fundo do rio.
Entenda
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no término da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. A operação de procura e resgate teve início ainda no mesmo dia, com o reforço de várias frentes uma vez que Corpo de Bombeiros, empresas privadas e o trabalho de embarcações, helicóptero e viaturas na região.
Atualmente, o trânsito de veículos entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), que eram ligados pela ponte na BR-226, está sendo feito por rotas alternativas com duas opções para veículos leves e três para veículos pesados.
O Departamento Pátrio de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estabelecerá também um fluxo de balsas no lugar para a travessia de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes, sem dispêndio para os usuários. O serviço está previsto para estrear a operar em seguida o término da operação de procura e resgate das vítimas, com a localização das três vítimas que ainda permanecem desaparecidas.