Miriam, uma mulher de 67 anos, compartilhou nas redes sociais que se dedica a vender “fofoquinhas” e, graças a essa ocupação, conseguiu comprar duas casas na região onde vive. Ela explica que o preço das fofoquinhas depende do quão “suculentas” ou controversas elas são. Os valores vão de US$ 1 a US$ 2 (muro de R$ 5 a R$ 10, na cotação atual), mas em uma ocasião, Miriam recebeu US$ 160 (aproximadamente R$ 800) para manter um sigilo.
Miriam conta que seus vizinhos a procuram para perguntar sobre acontecimentos específicos do bairro. Ela anota tudo e até tira fotos, que organiza em um quadro para facilitar seu trabalho. A história foi divulgada no TikTok pela conta ladydanielag, acumulando mais de 350.000 curtidas e 11.000 comentários, muitos brincando que nascente será seu próximo serviço.
Miriam relata que todos os dias se senta em uma cadeira fora de sua moradia com um caderno para consignar tudo o que acontece no bairro. Aliás, ela conta com informantes que a ajudam, incluindo uma tia que fica de olho nos eventos quando ela precisa transpor.
Ela explica que as pessoas costumam se aproximar para perguntar sobre diversos acontecimentos. Por exemplo, se houve um fragor cimalha recentemente no bairro, ela investiga o que aconteceu para estar preparada caso alguém pergunte. Uma das histórias que mais lembra é a de uma infidelidade pela qual recebeu a maior quantia. Uma das pessoas envolvidas pediu que ela mantivesse o sigilo para proteger a família. Nas redes sociais, muitos comentam que o que Miriam faz poderia ser considerado um empreendimento, já que ela está lucrando com sua habilidade de racontar e vigiar fofoquinhas.
“O fofoca é minha vida, corre nas minhas veias. Fico animada quando vou a qualquer lugar e me perguntam: ‘Dona Miriam, o que aconteceu em tal lugar?’ E portanto me dão numerário”, responde quando perguntada se já considerou procurar outra ocupação que também gere renda. Embora vender fofoquinhas tenha sido uma forma eficiente de lucrar numerário para Miriam, esse não poderia ser considerado um protótipo de negócio viável para todos. Sua atividade consiste em relatar a vida alheia, o que implica uma invasão de privacidade que nem sempre é moral.
Aliás, depender desse tipo de informação pode gerar tensões ou conflitos em uma comunidade. Portanto, embora seu método tenha funcionado para ela, não é uma prática recomendável ou aplicável para qualquer pessoa que queira iniciar um negócio fundamentado em princípios mais sólidos. Publicação Brasil