O incidente envolvendo o soldado israelense suspeito de crimes de guerra em Gaza pode antecipar a saída de Andrei Fernandes do missão de diretor-geral da Polícia Federalista (PF).
A troca que estava prevista teria sido apressada nos bastidores depois pessoas do Planalto avaliarem que a PF não agiu uma vez que deveria no caso.
Na última quinta-feira (2), o governo trocou o número 2 da corporação. O mandatário William Marcel Murad assumiu o missão de diretor-executivo da PF no lugar de Gustavo Leite.
A PF foi acionada pela Justiça brasileira depois uma entidade internacional informar que um soldado denunciado de crimes de guerra na Tira de Gaza passava férias no Brasil. No dia 3 a juíza federalista Raquel Soares Charelli, no Região Federalista, determinou que a corporação investigasse a presença do soldado.
Logo depois a decisão, no entanto, jornais israelenses informaram que o militar havia deixado o país. A informação foi confirmada pela Embaixada de Israel no Brasil em nota divulgada neste domingo (5).
Andrei Rodrigues foi indicado por Lula para o comando da PF antes mesmo do petista subir a rampa do Planalto, durante o governo de transição, em 2022. Ele chefiou a segurança de Lula durante a campanha eleitoral e passou a ser considerado uma pessoa de crédito. Ele já havia comandado a segurança da equipe de Dilma Rousseff na eleição de 2010.
Rodrigues deve ser indicado por Lula para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).