A ministra da Paridade Racial, Anielle Franco, deu as primeiras declarações públicas em seguida a exoneração de Silvio Almeida do incumbência de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania. As falas aconteceram nesta terça-feira (17), no seminário “Mulheres na Liderança por um Brasil mais seguro”, realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Quero terminar minha fala agradecendo a cada uma que está cá por não desistir e por seguir em frente, apesar de cada violência que diariamente tenta nos afetar e nos impedir. Quero lembrar que, muitas vezes, mesmo nas dificuldades, nós não estamos sozinhas e acho que nunca estaremos sozinhas”, disse Anielle ao se encaminhar às mulheres presentes.
“Uma vez que diz Conceição Evaristo, nossas ‘escrevivências’ nos moldam e fazem com que possamos lutar por um projeto de país que a gente acredita, que passa por termos lugares com mulheres primeiro de espaços de poder e protagonistas de suas histórias sem que ninguém possa tirá-la somente por violentar”, completou.
‘Não estamos sozinhas e nunca estaremos’👩🏽💼💬 Hoje (17), a ministra da Paridade Racial, Anielle Franco, discursou sobre o recta das mulheres serem protagonistas de suas histórias sem serem violentadas. ⤵
— Brasil de Indumento (@brasilfato.bsky.social) September 17, 2024 at 4:08 PM
A ministra não citou diretamente as acusações que pesam contra Almeida, de assédio moral contra funcionários da pasta de Direitos Humanos e de assédio sexual contra diversas vítimas, uma delas, supostamente, a própria Anielle. As denúncias foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal Metrópoles, e corroborada pela ONG Mee Too.
Até o momento, Anielle não confirmou nem negou ter sido vítima de Almeida. No dia da exoneração, em 6 de setembro, a ministra fez uma publicação no Instagram afirmando a valia de se reconhecer denúncias contra vítimas de assédio sexual e pedindo reverência à sua privacidade. Almeida nega as acusações.
Edição: Thalita Pires
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