Alex Agostini, da Austin Rating, traz percepções sobre o impacto de uma verosímil vitória do republicano nas eleições dos EUA
Uma verosímil vitória de Donald Trump (republicano) nas eleições dos Estados Unidos deve trazer consequência para a cotação do dólar no Brasil. O ex-presidente pode retomar o oração conflitante com a China. Isso deve afetar países emergentes, que têm muitos contratos com o gigante asiático. Dá margem para uma subida na moeda norte-americana. A estudo é de Alex Agostini, 49 anos, economista-chefe da Austin Rating.
O técnico afirma que outra possibilidade é Trump desvalorizar o dólar para incentivar a compra de produtos norte-americanos. Secção dos agentes financeiros avaliam que essa estratégia pode ser usada para fortalecer a economia dos Estados Unidos. Com o dólar em baixa, a inflação brasileira tende à desaceleração. Por outro lado, exportações vendidas com o câmbio teriam um rendimento menor.
“Depende muito do momento econômico de quando sobrevir as eleições nos Estados Unidos. O mercado está muito dividido nessa percepção dos impactos é sobre essa questão de o Trump lucrar as eleições”, declarou Alex em entrevista ao Poder360.
Assista (26min59s):
O economista diz que muitos cenários ainda podem afetar os rescaldos das eleições dos EUA no Brasil. Há a possibilidade de desistência do atual presidente, Joe Biden (democrata), da corrida pela Morada Branca.
Apesar disso, a expectativa para uma vitória de Trump se consolidou principalmente por 2 fatores centrais:
- o atentado direcionado ao ex-presidente – Trump, de 78 anos, foi atingido de raspão na ouvido direita por um tiro em um comício em Butler (Pensilvânia) em 13 de julho;
- percepção sobre a idade de Biden – o democrata, de 81 anos, tem cometido gafes. O debate eleitoral realizado pela CNN em 27 de junho foi recheado desses momentos. Há uma pressão de secção do eleitorado para que ele desista de concorrer e coloque outra pessoa no lugar.
“Uma coisa que está se consolidando, aparentemente, é a vitória do Trump. Acho que, infelizmente, o Biden foi muito mal, não só no debate, mas também nas suas últimas falas […]. Logo depois disso, veio o atentado contra o Trump. Ele sai fortalecido, porque isso alimenta aquele oração dele de que era necessário proteger os americanos”, disse Alex.
QUESTÃO FISCAL & DÓLAR
O economista-chefe da Austin também analisou a situação das contas públicas e os discursos controversos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o ponto de vista do mercado.
Segundo Alex, o dólar está em uma tendência de subida em todo o mundo. Mesmo assim, as falas do petista sobre a sucessão do Banco Medial e sobre a premência de trinchar gastos pioraram o cenário.
“Quando o presidente da República diz que não sabe muito muito se vai satisfazer a meta fiscal, o investidor que trouxe bilhões de reais [ao Brasil] tem motivos de sobra para permanecer preocupado, porque é o moeda dele”, declarou.
Alex concorda com a estudo de que o ministro da Quinta, Fernando Haddad, tenta passar uma sinalização mais positiva para o mercado. Mas as falas do presidente seriam um empecilho a ser vencido.
Sobre o proclamação de namoro de gastos para 2025, o economista disse ser um bom indicativo por secção da equipe econômica. Haddad prometeu poupar R$ 25,9 bilhões no próximo Orçamento por meio de medidas de “pente-fino” em relação a benefícios sociais.
“O governo vai encetar a olhar com um pouco mais [de] carinho essa questão bastante frágil e importante das contas públicas. Não resolve a questão, mas é uma sinalização melhor do que essa que o presidente tem oferecido”, disse Alex.
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