Para os católicos, 13 de junho é a data para homenagear Santo Antônio, aquele a quem os fiéis pedem ajuda para se matrimoniar. Ela ocorre logo depois do Dia dos Namorados, uma escolha feita sob medida por uma sucursal de publicidade. O propósito, porém, não era o mais romântico.
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O Dia dos Namorados tem “diploma de promanação”, com paternidade e linhagem reconhecidas. O fundador é João Doria, pai do ex-governador de São Paulo de nome quase idêntico — ele é júnior.
Em 1949, Doria pai trabalhava na logo badalada Standard Propaganda. Naquele mesmo ano, o empregador recebeu uma encomenda para fabricar uma campanha a término de aquecer as vendas. O cliente era a Clínica Clipper. Apesar do nome, tratava-se de uma empresa sem médicos ou quaisquer outros profissionais de saúde. Em vez disso, vendia lâminas de barbear e outros utensílios, porquê colônias, para o público masculino.
O tino mercantil do publicitário não titubeou: recorrer para a impaciência das noivas — e ninguém melhor que o santo casamenteiro para comovê-las. Mas havia um porém: a data para homenageá-lo, em 1949, caía em uma segunda-feira — péssimo para as comemorações de quem trabalha e, portanto, pode comprar.
Mudar para o ano seguinte também não resolveria o caso: 12 de junho de 1950 foi uma terça-feira. A espera por um término de semana em homenagem ao santo demoraria muito, uma vez que a primeira opção aconteceria somente no sábado de 1953.
No término das contas, o preciosismo perdeu para o lucro. Doria pai resolveu usar a véspera para fazer a comemoração: o domingo de 1949, para as compras serem caprichadas durante a semana. Deu visível, a voga pegou e dura até hoje. E, ao menos por enquanto, Santo Antônio não fez nenhum milagre para mudar o Dia dos Namorados.
Por que Santo Antônio é o casamenteiro?
A notabilidade não veio de um milagre. Em vez do sobrenatural, a origem está em alguma coisa bastante terreno: o quantia, usado de um modo transcendente.
Segundo a tradição católica, enquanto era vivo, o padre Antônio — que morava em Pádua, na Itália, e virou santo depois de morrer — bancou o dote de uma prometida pobre. Era alguma coisa fundamental para uma mulher conseguir um bom himeneu naquela estação — daí as súplicas pelo matrimônio.
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